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Uma tentativa de furto em uma empresa de comunicação visual em Rio Branco na madrugada de domingo (21) terminou com o suspeito ferido. As imagens que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas mostram um homem ferido e amarrado pelo pescoço.
A irmã do rapaz, identificada por Edinelda Teles, usou seu perfil em uma rede social para fazer um desabafo. Segundo ela, o suspeito de cometer o furto é usuário de drogas. Ela ainda tece duras críticas ao dono da empresa.
“Esse rapaz […] para nós, irmãs, é um milagre de Deus porque no último domingo foi espancado brutalmente por um empresário que se diz pastor e que não reconhece o próximo como ser humano, indiferente do mesmo ser viciado em drogas ou não”.
Ela conta também que Kayron, nome do acusado, tem 22 anos e foi abandonado pela mãe biológica em Porto Velho. A mãe dela, então, o adotou e registrou como filho.
“Por isso, o considero como irmão; quando ele tinha 5 anos, minha mãe morreu e ele morou até os 12 anos comigo, aqui em Sena Madureira. Após esses doze anos, ele foi morar em Rio Branco com outra irmã”.
Edinelda conta ainda que, aos 14 anos, Kayron começou a usar drogas e, nos últimos dois anos, passou a morar na rua e se tornou usuário de crack, considerada uma droga “devastadora”. Ela aproveita e pede ajuda para conseguir tratamento ao irmão.
“Peço às pessoas de bom coração que possam nos ajudar a conseguir um tratamento para ele; entre em contato: 99117965 – falar com Edinelda”.
Falso profeta, diz Edinelda sobre dono de empresa
Em outra publicação, Edinelda continua tecendo duras críticas ao dono da empresa, que não teve seu nome divulgado, e afirma se tratar de um “falso profeta”.
“A Bíblia Sagrada diz que nos finais dos tempos, falsos profetas apareceriam, e está acontecendo nos dias de hoje; o meu irmão foi quase morto por espancamento, por um desses falsos profetas que se vestem de paletó e gravata e colocam uma Bíblia debaixo do braço e pregam a palavra de Deus. Só esquecem de praticar, e com isso, fazem justiça com as próprias mãos”.
Evangélica, Edinelda afirma, em comparação ao dono da empresa, que seu pastor usa o cajado para resgatar ovelhas, e não para espancar.
“Me perdoe, também sou evangélica, mas meu pastor usa o cajado para resgatar ovelhas, não para espancar, com foi o caso desse falso pastor. Mas, a justiça de Deus não falha, entrego suas ações nas mãos do Senhor e que Ele abençoe sua família”.
Ela afirma não querer que o dono da empresa sinta a mesma dor que sua família: ter alguém vítima do crack.
“Que o senhor [dono da empresa] não venha sentir a mesma dor que nossa família está sentindo por ter um irmão dependente de crack, e não podermos fazer nada mais; nós cremos no Deus vivo que ele vai ser liberto. Um dia, ele voltará para lhe dizer que precisava de ajuda, não de espancamento”.
A gerência da empresa de monitoramento afirma ao site G1 Acre que os relatórios da ocorrência confirmam que o suspeito teria se machucado ao tentar fugir, e que a abordagem feita pelos funcionários da empresa segue uma padrão. Já o dono da empresa de comunicação afirmou, ainda, que o suspeito foi inicialmente amarrado pelo tronco, mas na tentativa de fugir, a corda acabou subindo.
