O jornalista Alan Rick ainda está engomando o terno para a sua posse de deputado federal pelo PRB na Câmara dos Deputados, neste domingo (1o). Ele nem bem foi ungido parlamentar federal, mas já tem sentido na pele os embates que precisará enfrentar –principalmente dentro de seu grupo, a Frente Popular.
Alan Rick passou a encarar bombardeios constantes de setores da base governista numa tentativa de enfraquece-lo em suas relações com Tião Viana, mais a sua construção natural como uma liderança política futura, colocando em risco a sobrevivência de velhos grupinhos.
Uma das estratégias mais recentes disso é espalhar por meio de notas em colunas de jornal que o deputado já estaria planejando candidatura à prefeitura de Rio Branco. O objetivo é mostrar que ele deixou o poder subir à cabeça, achando-se “o dono do pedaço”, até mesmo ousar encarar o petismo em sua hegemonia frente ao maior colégio eleitoral do Acre.
Desta forma, Alan Rick passaria a ser um alvo preferencial dos detentores do poder, que se articulam para triturar publicamente todos os que ousam ao menos sonhar em ameaçar seus domínios.
O deputado é enfático: “Nunca me passou pela cabeça a ideia de disputar a prefeitura. Estão plantando notinhas sem nunca terem me ligado para saber se isso é ou não verdade. Esta é uma tentativa de me desgastar, tentativa conduzida por um grupo de aloprados que há dentro da Frente Popular.”
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“Eu fui eleito pela Frente Popular e quero continuar nela. Agora, eu não terei condições de ficar numa aliança onde vez ou outra pessoas que se dizem aliadas trabalham para arruinar meu mandato”, comenta Rick.
A carreira política do jornalista está apenas no começo, e logo de entrada percebeu que, muitas das vezes, os verdadeiros adversários não estão na oposição, mas no mesmo círculo. Alan Rick saiu das urnas como uma liderança de expressão.
Em sua primeira candidatura já foi eleito, num colégio eleitoral pequeno e com apenas oito cadeiras em disputa, enfrentando candidaturas com estruturas pesadíssimas. Ele tem preparo emocional e intelectual para fazer um bom mandato. E em tempos de velhos caciques fazendo pajelanças para se manter no poder, a novidade sempre assusta –e ameaça.