Já de olho nas eleições de 2016 e visando a unidade completa do PT em torno de sua candidatura, o prefeito Marcus Alexandre (PT) escolheu o vereador Marcelo Macedo (PT) para assumir, em fevereiro, a Secretaria de Finanças da prefeitura de Rio Branco.
A opção se deu por Macedo ser hoje o coordenador estadual da tendência Democracia Socialista (DS), grupo minoritário da legenda, mas que trava duros embates com o campo majoritário, a Democracia Radical (DR), da qual Alexandre faz parte.
Conhecida por abrigar a chamada ala mais à esquerda do PT e a velha-guarda, a DS ganha um dos espaços mais privilegiados no primeiro escalão da prefeitura. A pasta é responsável por gerenciar o caixa municipal. Economista, Marcelo Macedo ocupou nos dois últimos anos a primeira-secretaria da Câmara de Rio Branco, cargo que gerencia as finanças do Legislativo.
Sua gestão devolveu aos cofres do Executivo mais de R$ 1 milhão numa modelo de eficiência e contenção de gastos desnecessários. Este foi um dos fatores a pesar na escolha do prefeito para ele assumir as Finanças. Este fator, mais o “enquadramento” da DS, reuniu o útil ao agradável para Alexandre.
Militante novato no PT, o prefeito filiou-se às véspera do prazo para concorrer às eleições de 2012. À época enfrentou muitas resistências por parte da militância petista, mas tinha a benção dos irmãos Vianas, capaz de debelar qualquer rebelião. Dentro do partido disputou a indicação de candidato junto com Sibá Machado, apoiado pela velha-guarda e partes da DS.
Desta vez, o petista trabalha para ter todo o partido unido em torno de seu nome. Desta vez as dificuldades serão bem menores, visto que sua posição já o torna candidato natural. O problema tende a ser com potenciais candidatos na Frente Popular. Com os petistas em união em torno dele, porém, aplacar os nanicos da base será tarefa menos árdua.