em bocalândia…
As duas principais promessas do candidato a prefeito de Rio Branco pelo PSDB em 2008 e 2012, Tião Bocalom, já são uma realidade executadas pelo governo petista. A primeira a sair do campo das ideias foi a “Bocalândia”, como foi apelidado o projeto do ex-tucano de construir um grande bairro para retirar famílias das áreas de risco. Agora, a água mineral que seria explorada para ser entregue às residências da capital também caminha para a realidade.
Segundo noticiado pelo governo, a construção dos primeiros poços para exploração do aquífero do Segundo Distrito será iniciada nas próximas semanas. E a água deste reservatório será usada primeiramente para abastecer a Cidade do Povo, a “Bocalândia” na gestão Tião Viana.
De acordo com o diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Edvaldo Magalhães, todo o processo ambiental de licenciamento para explorar o aquífero já está concluído. “Estamos com o contrato pronto e a empresa já está transportando os equipamentos para começar, em breve, a perfuração dos poços”, diz Magalhães.
Estudos ambientais apontam que o reservatório tem capacidade para abastecer uma cidade com população até duas vezes superior à de Rio Branco. Ele ocupa uma área de 120 quilômetros quadrados. Sua integridade, porém, é um risco ante a ocupação desordenada da região. O governo construiu uma UPA no entorno.
A própria Cidade do Povo está sobre a fonte. A construção do empreendimento foi questionada pela promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, causando uma queda de braço entre os promotores e governo.
Especialistas defendem o aquífero como uma garantia de reserva em caso de colapso no abastecimento da cidade pelo rio Acre. A cada ano o rio apresenta níveis críticos no período de seca, o que compromete o fornecimento de água tratada.
“A utilização do aquífero irá aliviar o rio Acre e gerar menos custos aos cofres do Estado, já que é uma água cristalina. Isso deve reduzir os custos de distribuição, tendo em vista que o único tratamento necessário será a adição de cloro”, afirma Magalhães.