Governo não paga rescisão a ex-comissionados, mas gasta mais de R$ 800 mil com propaganda

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Os comissionados do governo do Acre na administração anterior denunciaram por meio de e-mail à redação da Contilnet Notícias que o Estado diz não ter dinheiro para indenizá-los, mas que pagou quase R$ 850 mil à Companhia de Selva, empresa prestadora de serviços publicitários.

De acordo com os comissionados que encaminharam o e-mail, que também não tiveram seus cargos renovados, a rescisão está prevista para sair em abril. Mas, eles ficaram surpresos em saber que a Companhia de Selva foi privilegiada por receber primeiro do que aqueles que serviram o governo e até, levantaram bandeiras.

“Agora, sabemos como o governo retribui a dedicação que tivemos nestes quatro anos. Prioriza a empresa que ganha milhões do Estado e deixa os soltados e pessoas que se dedicaram e defenderam a gestão nos momentos mais difíceis, como foi no caso do G-7. Mas, agora sabemos realmente quem são e como agem com os que levantaram até bandeiras para esta gestão continuar no governo”, disse uma militante do PDT que tinha cargo na gestão anterior de Tião Viana e que ainda não teve seu nome entre os novos cargos comissionados.

O valor pago integralmente à empresa Companhia de Selva foi realizado no dia 12 de fevereiro deste ano. O valor exato foi de R$ 831.446,04, referente ao mês de janeiro.

Segundo a secretária Estadual de Comunicação, Andréia Zílio, o governo vem realizando os pagamentos dentro de uma programação de acordo com os processos encaminhados por cada secretaria.

“O Estado está pagando as despesas de acordo com os procedimentos administrativos exigidos para seu processamento. O fluxo de pagamento das verbas rescisórias dos servidores exonerados tem seguido o trâmite normal, com alguns pagamentos já realizados; no entanto, tramita um grande número de processos que seguem um procedimento administrativo incluindo apreciação das Secretarias de Estado da Gestão Administrativa e da Fazenda e, em alguns casos, da Procuradoria-Geral do Estado, o que faz com que o pagamento desse tipo de despesa não ocorra no mesmo tempo daqueles decorrentes de despesas contratuais, que são processados apenas na secretaria contratante”, afirma Andréa Zílio.

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“O grande questionamento é por quais motivos o governo tem recursos para pagar as emissoras de TVs e empresas de jornais impressos e não dispõe de recursos para pagar a rescisão dos comissionados”, ressaltou a militante não contemplada na atual gestão.

 

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