Conflito
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou estar disposto a instaurar a lei marcial em todo território ucraniano se fracassarem as negociações previstas nesta quarta-feira em Minsk e piorar o conflito em seu país.
“Tudo dependerá do resultado da cúpula. Ou conseguimos deter o adversário pela via diplomática ou haverá outro regime. Eu, o governo e o parlamento estamos dispostos a instaurar a lei marcial em todo o território ucraniano”, afirmou Poroshenko em uma reunião com seu gabinete poucas horas antes do início da cúpula em Minsk.
A cúpula de Minsk reúne na tarde desta quarta os presidentes da Ucrânia, Rússia, França e a chanceler da Alemanha.
Poroshenko também afirmou que os países envolvidos neste encontro falarão com uma só voz ante a Rússia na tentativa de acabar com o conflito ucraniano.
“Posso assegurar que Ucrânia e a União Europeia falarão com uma só voz. A prioridade é um cessar-fogo sem condições prévias”, enfatizou.
Mortes
Ao menos 47 pessoas morreram, sendo 19 soldados ucranianos, nas últimas 24 horas em combates no leste da Ucrânia, anunciaram nesta quarta as autoridades separatistas em balanços fornecidos em separado.
“Dezenove soldados morreram e 78 ficaram feridos nas últimas 24 horas”, declarou Vladislav Selezniov, o porta-voz do exército do país.
Entre eles, cinco soldados morreram em um ataque com lança-foguetes contra a cidade de Kramatorsk, sede do quartel-general do exército ucraniano no leste separatista.
Além disso, 11 civis morreram nesse ataque.
Os combates na Ucrânia se intensificaram nos últimos dias, apesar dos esforços diplomáticos para solucionar o conflito, que já deixou mais de 5.300 mortos desde abril do ano passado.