Dois acreanos, por exemplo, estão a trabalho em Hanoi, capital do Vietnã, experimentaram a “iguaria” e gostaram. Através de seu perfil no Facebook, o jornalista Altino Machado disse que os colegas estão “encantados com os pratos à base de carne de cachorro”.
“Ambos disseram que o sabor é o mesmo da carne de paca”.
A prática, nas regiões onde é permitida, fez com que o sacrifico de cachorros aumentasse disparadamente desde o ano de 2012. Animais, que antes eram vistos pelas ruas em grande número, agora já não são mais numerosos. Essas cidades sofriam o que a cidade de Rio Branco sofre hoje com a presença de um grande percentual de animais domésticos nas ruas, abandonados.
“Se a moda pega em Rio Branco, com seus milhares de cães nas ruas…”, ironiza Altino.
Os internautas, chocados com a prática, defenderam os animais.
A primeira de muitas foi Jaqueline Silva: “Que horror!”.
Ana Cristina Silveira, jornalista e membro da diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Acre (Sinjac), também comentou a publicação. Segundo ela, é uma questão cultural.
“Cultura e costume, realmente! Bois e vacas não frequentam nossos quintais e casas, enquanto em outros países estes são endeusados… Imaginar um filé de cachorrinho não faz meu gênero”.
Chagas Freitas, acreano que já morou no Vietnã, também não aprova a prática.
“Bom apetite para eles. Vi, com o meu amigo José Thomaz Mello esse tipo de açougue na China. Ufa!”, escreveu.
No Brasil, a legislação impede o comércio por questões culturais, de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Vistos como animais de companhia, não há produção legal de cães e gatos no país para o abate. Nem mesmo a importação do produto é permitida.
Em São Paulo, por exemplo, a Lei Estadual 11.977 prevê que animais domésticos não podem ser criados para o consumo.