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O deputado federal Wherles Rocha (PSDB), com formação em direito, afirmou, na manhã de segunda-feira (23), que o desindiciamento dos envolvidos na denominada Operação G7 não inocenta nenhum dos acusados, e afirmou que o governo está tentando inocentar os envolvidos no processo de corrupção e lavagem de dinheiro.
“Ninguém pode ficar indiciado para o resto da vida, mas ninguém foi inocentado nisto, não. Ao contrário do que o governo está tentando fazer, a decisão do juiz não inocentou ninguém, não, foi apenas desindiciando os envolvidos”, diz.
A resposta de Rocha veio após uma onda de publicações e matérias jornalísticas feitas pelo viés petista comemorando o desindiciamento. O próprio líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Daniel Zen (PT), usou a página pessoal dele no Facebook para comemorar a decisão do juiz Jair Facundes.
“Aos poucos, a Justiça vai ressurgindo e as injustiças sendo desfeitas. O juiz federal Jair Facundes decidiu pelo desindiciamento dos envolvidos na Operação G-7. Isso significa dizer que os elementos trazidos ao inquérito policial, até o momento, não apontavam nem para a prova cabal da materialidade do crime [ou seja, se os supostos crimes em investigação, apontados pela PF, de fato, ocorreram] e nem para o forte indício de autoria. Aliás, registre-se que, mesmo na ausência de prova cabal da materialidade e de indícios fortes quanto à autoria, os até então indiciados sofreram o dissabor de 35 dias de prisão”, afirmou Zen.
O advogado Edinei Muniz rebateu a defesa de Zen e afirmou que há indícios e que a decisão judicial se deu pelo fato do Ministério Público Federal não apresentar denúncia no prazo de 30 dias.
“Lá, está escrito que existem indícios sim. A decisão de cancelar os indiciamentos se deu porque o MPF não apresentou as denúncias no prazo de 30 dias sugerido, terminativamente, para tal, apesar do mesmo MPF não ter recorrido de tal decisão, o que, convenhamos, é bastante estranho. Não confunda alho com bugalho, Daniel Zen”, afirmou Muniz.