Compositor há mais de duas décadas, homem trabalha como flanelinha nas ruas de Rio Branco

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É comum ver em grandes cidades histórias de reviravoltas, onde pessoas alcançam o sucesso e depois precisam aprender a viver no anonimato. Dym Gomes, como gosta de ser chamado, mora no Papôco. Há seis anos, cuida e guarda os carros estacionados na rua Rio Grande do Sul, no centro de Rio Branco.

O que ninguém sabe é que, por trás das linhas de expressão e de um sorriso que ele busca nunca deixar, há um passado que ele considera glorioso e uma carreira artística. Natural de Tarauacá, Dym possui várias músicas que misturam ritmos da Amazônia com ritmos consagrados.

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Depois de ter deixado a vida artística de lado para trabalhar como flanelinha, Dym conta sua mais nova empreitada: uma de suas músicas é tema de uma produção acreana. Intitulada “Um minuto a mais para amar”, o filme foi filmado na zona rural de Rio Branco. O pagamento de Dym pelos direitos cedidos foi a cessão de alguns DVDs para que ele pudesse vender.

“Depois de tanto tempo que eu não faço nada no ramo, é uma honra pra mim ter meu trabalho reconhecido. Já viajei, já morei em outros lugares. Foi uma oportunidade muito bacana e eu espero todo sucesso do mundo ao filme”.

Dym conta que seu primeiro trabalho foi produzido em Manaus, onde morou por alguns anos. Porém, a dificuldade de toda a carreira de Dym foram os patrocínios.

Mesmo assim, ele conta que persistiu e que sempre conseguiu pessoas que acreditavam em seu trabalho e que garantiam tiragem de determinadas quantidades de seus CDs, que ele mesmo se encarregava de vender.

Dym é muito conhecido em Tarauacá. Um dos maiores radialistas do município, Raimundo Accioly já fez matérias sobre o compositor.

“Ao reencontrá-lo no início deste ano, ele me falava de seu plano de retornar a Manaus para fazer um tratamento nas cordas vocais, prejudicadas devido a um assalto onde foi vítima de agressão, fato que o tem prejudicado nas suas apresentações. Todavia, as adversidades não tiraram seu sonho de continuar cantando e produzir novos trabalhos”.

Accioly, por conhecer Dym, fala com propriedade das características do artista.

“Ele é um artista simples, daqueles que têm o talento, mas não como custeá-lo. É um artista de resistência ao modelo dominante, como tantos outros ocultos e desconhecidos por esse brasilzão maravilhoso, mas imprescindíveis”.

Com mais de duas décadas dedicadas à música, Dym conta que seu sonho ainda não se apagou.

“Amo a música. Espero um dia estabilizar minha vida e voltar a fazer o que eu amo. Mas, não sou flanelinha por condição. Também gosto de servir as pessoas e cuidar. Mas o que eu amo é cantar”.

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Compositor há mais de duas décadas, homem trabalha como flanelinha nas ruas de Rio Branco