Pesquisa revela que 73% do comércio de Rio Branco ficou comprometido com enchente

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A cidade de Rio Branco e outras do interior do Acre viveram situação de grande sacrifício no período em que os rios Acre atingiu grande parte da população. A pesquisa que revela o impacto da cheia do Rio Acre sobre o comércio de Rio Branco foi realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa Empresariais (Ifepac), no período de 12 a 20 de março com 250 empresários.

Os dados da pesquisa demonstram que 73% das empresas do comércio de varejo de Rio Branco tiveram comprometimento físico de suas instalações e de estoque. Quanto aos aspectos mais impactados pela situação da cheia do rio Acre, a pesquisa detecta que na opinião de 34% dos empresários que o comprometimento se deu mais em função da impossibilidade de funcionamento das empresas no perímetro de abrangência das águas sobre os estabelecimentos. 22% afirmam comprometimento em função da destruição total dos estoques de mercadorias.

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Segundo 93% dos empresários, a cheia do rio Acre implicou em prejuízo financeiro para as empresas. Desses, 54% acreditam que a queda de vendas e de recebimento dos créditos de clientes são os principais fatores de comprometimento.

Os problemas da cheia do rio Acre para o comércio de Rio Branco foram diversos, todavia aqueles que comprometeram diretamente a capacidade financeira dos negócios representam a maior preocupação para os empresários. Desta forma 26% acreditam na possibilidade de resolver primeiramente o problema de caixa, negociando mais tempo com os órgãos de governo e instituições de créditos para o recolhimento e pagamentos de obrigações. Outros 23% estimam conseguir mais carência junto a fornecedores para regularização de contas.

Mesmo sendo comum o início de um processo de desligamento de recursos humanos para o enxugamento da estrutura operacional de segmentos econômicos com problemas operacionais, apenas 9% dos empresários do comércio de Rio Branco, estão programando demissão de empregados. Segundo 91% dos empresários ouvidos não haverá demissão pelo problema causado pela última cheia do rio Acre.

Com relação aos 9% com pretensão de demitir, 39% admitem o processo na forma da legislação trabalhista vigente. Outros 29% devem dispensar apenas os empregados com menor experiência nas atividades da empresa. Dentre outras justificativas, a pesquisa destaca a possível demissão daqueles empregados menos comprometidos (8%) e empregados com baixa produtividade (3%).

Segundo 35% dos empresários pesquisados, o estoque remanescente alcança um período de vendas de até 30 dias. Outros 24% afirmam contar com estoque para um período de aproximadamente 45 dias corridos.

Quanto a uma possível mudança de endereço das instalações físicas da empresa buscando evitar sacrifícios futuros advindos com outra cheia do rio Acre, 84% dos empresários não demonstram interesse quanto a essa alternativa, preferindo manter a atividade de sua empresa no endereço atual.

A resistência de 50% dos empresários quanto a uma possível mudança de endereço da empresa, deve-se ao fato do fluxo de clientes no recinto da localização atual, compensar um sacrifício temporário em função de um fenômeno da natureza. Outros 19% justificam que a localização atual é atrativa para os consumidores da mercadoria comercializada pela empresa.

Conforme as informações do quadro abaixo, a pesquisa realizou trabalhos nos bairros mais afetados pelas águas da cheia do rio Acre, destacando-se os bairros 15, Cidade Nova e 06 de Agosto.

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