lava jato
O cálculo das perdas com corrupção que deve ser apresentado nesta quarta (22) pela Petrobras em seu balanço de 2014 encerra a novela contábil, mas efeitos econômicos da Operação Lava Jato continuarão rondando a companhia.
Dois dos grupos atingidos pela investigação, Schahin e Queiroz Galvão, têm participação em todas as cinco plataformas que extraem, hoje, mais de 600 mil barris por dia do pré-sal da bacia de Santos –quase um quarto da produção total da estatal.
A Schahin, que pediu recuperação judicial, é responsável, junto com a sócia japonesa Modec, pela operação de três dessas plataformas, com capacidade de produção de 370 mil barris por dia.
Outros 240 mil barris vêm de duas plataformas da Queiroz Galvão, em parceria com a SBM –a holandesa que, segundo a Petrobras, pagou propina em caso descoberto antes da Lava Jato.
Na bacia de Santos estão reservas de pré-sal que sustentam as esperanças da Petrobras de dobrar a produção para 4,2 milhões de barris até 2020. A estatal precisa desenvolver essa área para compensar o declínio da produção dos campos maduros da bacia de Campos.
Oficialmente, ainda não há impacto na extração de óleo.
A Queiroz Galvão diz que os contratos de plataformas “estão sendo cumpridos regularmente” e que os respectivos pagamentos “têm sido efetuados por nossos clientes conforme estabelecido nas cláusulas contratuais”.
Schahin e SBM não quiseram comentar. Na Modec, ninguém foi localizado.