Os deputados Janílson Lopes (PCdoB) e Ghelen Diniz (PP) protagonizaram um duro debate na manhã de quarta-feira (8) na Assembleia Legislativa do Acre.
Após o progressista Ghelen ter feito a leitura de um manifesto e convite assinado pelo professor Breno Carilho Silveira, articulador do movimento “Vem pra rua Acre”, Janílson Leite acusou Ghelen de não enxergar os próprios defeitos e relembrou o escândalo financeiro do Petrolão.
“Tem gente que fica olhando para o rabo dos outros e não olha para o próprio rabo. Acho que o deputado Ghelen esquece que o partido dele é o que mais está atolado no Petrolão”, afirmou o deputado comunista, sendo repreendido, em seguida, pelo presidente da Mesa Diretora da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), que pediu para retirar da notas taquigráficas a palavra “rabo”.
Ghelen retornou à tribuna da casa legislativa e afirmou que considera que só se sente ofendido com um manifesto citando corruptos que não é honesto.
O progressista disse, também, que defende a punição dos progressistas que tenham comprovada culpa no Petrolão e relembrou o caso de corrupção envolvendo o ex-presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães.
“Quem, aqui, não lembra do escândalo pago com dinheiro público para que os deputados fossem fazer turismo e beber cerveja. Aquele comunista, Edvaldo Magalhães, inclusive, está hoje na máquina do Estado. Se formos falar de rabo, tenho certeza que o de vossa excelência será maior que o meu”,diz.
A leitura do manifesto que causou o desentendimento entre os deputados convocava os parlamentares para comparecem ao evento que será realizado no próximo dia 12.
“Como os parlamentares acreanos foram democraticamente eleitos para representar o povo, e como essa representação supera alianças e a fantasiosa ‘fidelidade partidária’, caso a fidelidade com o povo realmente exista, esperamos a presença de todos, principalmente, da Mesa Diretora, membros escolhidos democraticamente entre seus pares, e de tal forma, com liderança reconhecida na Casa”, citava texto lido por Diniz.