Segundo a própria família, ninguém no município de Mâncio Lima acreditava que o diarista fosse o autor. O idoso Ednilson de Oliveira, de 59 anos, foi encontrado morto na casa onde morava com sinais de espancamento. A casa estava revirada e havia a suspeito de que o autor do crime tinha matado para roubar. Pedro era amigo do idoso e tinha estado com ele um dia antes do crime.
Testemunhas chegaram a afirmar que haviam presenciado o diarista discutindo com o idoso, mas para a polícia ele negou. A contradição fez com que a polícia acreditasse que o diarista era o autor do crime.
“Chegaram e me disseram que eu estava preso. Eu falei para o delgado que era inocente, mas ele falou que tinham testemunhas contra mim. Eu disse para ele que tenho meu coração para Deus e não temia a ninguém. Eu disse que não tinha discutido com ele”, falou.
Pedro da Silva foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio de Cruzeiro do Sul, ele afirma que até os outros presidiários acreditaram em sua inocência.
“Chorei muito pensando na minha mãe na minha esposa e em toda minha família, pois não tinha acontecido isso. Eu estava a todo momento me tremendo e eles me ajudavam, diziam para que eu não me preocupasse”, disse.
Até que no decorrer das investigações a polícia chegou a Wanderson do Nascimento Lima, de 19 anos, verdadeiro autor do crime que decidiu confessar.
Arnoldo da Silva é irmão do diarista que foi preso sendo inocente, ele disse que ajudou em busca de informações porque não acreditava que o irmão fosse culpado do crime.
“Ele chegou em casa e não conseguiu dormir, e é chorando a todo tempo, está traumatizado. Ele foi preso porque mentiu. Ele tinha tomado umas e talvez nem mesmo lembre que discutiu com a vitima”, destacou.
O delegado Roberto Lucena responsável pela investigação diz que o diarista omitiu uma discussão que teve com a vítima e isso dava entender que ele teria sido o autor.
“Tínhamos umas três testemunhas que presenciaram a briga dos dois, até calorosa, e trouxemos ele aqui para ser ouvido como testemunha também, mas ele negava essa briga. Troxemos outras testemunhas, conversamos com o perito e nos passou que o acusado possivelmente era canhoto, e por infelicidade o Pedro era canhoto e o prendemos como suspeito, mas continuamos as investigações e chegamos ao verdadeiro culpado e livramos o Pedro”, explicou o delegado.
Wanderson do Nascimento, o verdadeiro culpado pode ser indiciado por latrocínio roubo seguido de morte, enquanto isso, o diarista Pedro só pensa em esquecer os dias que passou na prisão como um criminoso.