Um dia de voadeira: Petecão visita uma das comunidades mais isoladas do Acre

POLÍTICAsergio petecao0505201501

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O senador Sérgio Petecão (PSD) passou o último feriadão na comunidade “Vai se Ver”, a um dia de viagem de Rio Branco, de voadeira, pelo Riozinho do Rola. Ele encontrou um cenário de muita fartura da floresta, mas também de dura realidade imposta pelo isolamento. Moradores do local só têm a oportunidade de vir à capital do Acre uma vez por ano, por causa da seca dos rios e igarapés que dão acesso.

A colocação “Vai se Ver”, no seringal Cumaru,  cerca de 400 pessoas, está encravada na Reserva Extrativista Chico Mendes, aos fundos dos municípios de Xapuri e Sena Madureira. Como só consegue vir a Rio Branco uma vez por ano, a comunidade se adaptou aos limites impostos pela distância.

“Por exemplo: se faltar óleo ou açúcar, o sujeito tem que andar seis horas de viagem para comprar o açúcar por R$ 5, e o óleo por R$ 8. Pior: sempre falta”, conta o senador, empolgado com a recepção feita a ele e sua comitiva.

O trajeto de Rio Branco até a colocação “Vai se Ver” começa pela estrada Transacreana. No km 17 o acesso ao Riozinho do Rola é realizado a a partir do Ramal do Barbudo. Dali até o destino final são pelo menos 11 horas de viagem, numa voadeira.  O senador percorreu o trecho para atender ao convite dos líderes comunitários, entre eles o professor Francisco Barbosa Leite, 45, o educador da região, respeitado por garantir o ano letivo das crianças da comunidade.

Ao desembarcar no porto da “Vai se Ver”, Petecão viu um cenário “lindo”, mas depois pernoitar em uma rede, em um quarto do barracão, ao lado da igreja, a realidade vem à tona. “Quando a gente vai conhecendo as pessoas, ouvindo as histórias delas, vai descobrindo que aquilo ali é bonito, mas impõe uma dureza àquele povo”, disse o senador.

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Mesmo assim, foram dois dias de festas. Com maioria evangélica, a comunidade promoveu um dia inesquecível,

segundo o senador, com atividades de louvor ao nome de Deus. Segundo Petecão, o pastor Francisco Antônio, da Igreja Assembleia de Deus, é o “anjo” que apareceu para levar o Evangelho e tornar a vida das pessoas menos difícil.

Os moradores do seringal Cumaru sobrevivem do extrativismo. Como habitam numa reserva federal, não há outra cultura de sobrevivência para ser explorada, senão o corte da seringa e extração de outros vegetais para serem comercializados em troca de alimentos, ainda que uma vez por ano.

“O máximo que eles têm lá é um roçado de um hectare onde plantam arroz, feijão, milho. Mais aquilo só para eles comerem por lá mesmo, até porque nem tem como escoar. Eles só têm como fazer uma viagem a Rio Branco por ano, quando o igarapé está cheio”, diz o senador.

Além da falta de estrutura para as crianças e adolescentes estudarem, o senador enxergou facilmente outras dificuldades e ouviu reivindicações que parecem sonho para a comunidade. Uma delas, segundo Petecão, é a abertura de uma estrada que conecte eles a Xapuri.

Compadecido com a situação dos moradores da “Vai se Ver”, o senador Petecão levou a filmagem para Brasília e vai procurar apoio para atender a outro pedido dos moradores: o conserto de uma pequena estação de energia com placa solar obtida há três anos por junto a uma empresa francesa.

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