Marcus Alexandre promete pagar piso nacional a agentes de saúde, mas secretários negam

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No dia 1º de junho o prefeito Marcus Alexandre prometeu que pagaria o piso nacional dos R$ 850 aos agentes de saúde de Rio Branco. A promessa caiu no vazio e, agora, os secretários que compõem a equipe administrativa e econômica do município são acusados de confrontar o “chefe” com “picuinhas e mentiras”.

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A declaração foi feita pelo presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, José Augusto, que decidiu reunir a categoria, em greve há 16 dias, e chamar a atenção das autoridade de um jeito diferente. O piso é lei, já aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente da República.

Os recursos são repassados pelo Ministério da Saúde desde julho do ano passado. As suspeitas de desvio de finalidade podem resultar numa ação de improbidade contra o prefeito de Rio Branco, segundo avaliam os advogados do sindicato. O desembolso necessário para cumprir a lei é de R$ 1,2 milhão anuais.

O principal argumento da equipe de governo é que a Lei de Responsabilidade Fiscal seria descumprida caso ultrapassem 45% de gastos com pessoal. O Portal da Transparência de Rio Branco, no entanto, informa que esse percentual está em 41% – portanto haveria possibilidade de pagar o piso dos agentes, que é de R$ 1.014,00.

“Hoje, há 2 mil trabalhadores do município recebendo complementação do mínimo. Isso é um absurdo, já que a gestão do prefeito Raimundo Angelim deixou todo mundo acima do mínimo. Em 2013 a política de reposição salarial do PT foi zero. Em 2014 eles deram 5%, e, agora em 2015, se negam a conversar. Nós vamos até o fim pelos nossos direitos”, protestou José Augusto.

Sopão e farofa

“Serviremos farofa de ovos e sopão. Os secretários Cláudio Ezequiel (Administração), Franck Oliveira (Gabinete) e o vereador afastado Marcelo Macedo (Finanças), que desligaram seus telefones e não aceitam nos receber, são os convidados de honra”, disse o sindicalista.

O “almoço” está programado para esta quarta-feira, na Praça da Revolução, onde os grevistas estão acampados. Um assessor do prefeito foi localizado em Brasília.

Os agentes de saúde querem uma espécie de “acareação” do prefeito com os secretários, “para pôr esta situação em pratos limpos”. Antes, porém, os trabalhadores se deslocarão até a Câmara Municipal. A intenção é buscar apoio dos vereadores aliados do prefeito.

 

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