18 de abril de 2024

Deputada denuncia perseguição a professores; Rosana chama atitude de “indecente”

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depelianes170615-660x330Em posse de um memorando da Secretaria Estadual de Educação (SEE), a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) disse que tem recebido denúncias de que, como punição, professores em greve estão sendo remanejados para outras escolas.

A parlamentar mostrou, durante a sessão desta quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), documento da SEE que devolve o professor de filosofia Marcelo Rodrigues Davila para posterior remanejamento.

“Quero registrar aqui que está havendo, no decorrer dessa greve, perseguição aos profissionais que estão em greve. O professor Marcelo foi surpreendido, no dia 13 de julho, com um memorando da SEE que exigia a sua substituição”.

Marcelo disse achar muito estranho que a substituição aconteça em período de greve e criticou o tratamento do governo com relação aos profissionais de educação. “Sugam nossa alma, depois nos descartam simplesmente por exigirmos um direito que é nosso, garantido em Lei”, criticou.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento confirmou a informação da deputada e chamou a atitude da Secretaria de indecente.

“Agora estão usando uma tática de pressionar provisórios fazendo a devolução deles, isso é assédio moral, já entrei com processo. A Secretaria não pode remanejar trabalhador que está em greve. Esse tipo de pressão é indecente”.

Apoio

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A pedido da deputada Eliane Sinhasique, o grande expediente da sessão desta quarta-feira foi suspenso para que uma comissão de greve fosse recebida na Assembleia. Além da sindicalista, os deputados ouviram professores que pediram apoio da Casa Legislativa.

Os professores criticaram a falta de diálogo e desmentiram informações repassadas pelo Governo. “Estamos em greve há 28 dias e o Governo ignora o movimento. Diz que somente 7% das escolas aderiram. Não é verdade, só em Rio Branco 31 escolas pararam suas atividades”, declarou Rosana.

O professor Edinei Muniz também discordou das informações oficiais que garantem que houve diminuição no repasse do Fundeb, o que inviabiliza aumento de despesas com a Educação. “Não é verdade que houve diminuição no repasse do Fundeb se comparado com o ano passado. Não se pode reduzir os recursos do Fundeb, a Lei diz que é progressivo”.

Sinhasique lembrou que, a partir de 2016, haverá aumento na arrecadação do Estado e pediu ajuda dos colegas parlamentares para que as negociações avancem. “Peço que a base pressione o Governo a sentar com os professores e a apresentar contraproposta para a educação”.

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