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Foi lançada nesta terça-feira, em Rio Branco, a exposição “Lendas da Floresta”, com obras do artista plástico Hélio Melo. A exposição é uma iniciativa da FGB e da Ação Rio Branco Amiga e conta com o apoio da Associação dos Artistas Plásticos do Acre (AAPA). A restauração das obras foi realizada por Danilo d’Sacre e Darci Seles.
A exposição “Lendas da Floresta” está aberta ao público das 8h às 18h no Jardins da prefeitura até o dia 30 de agosto e a FGB, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação irá levar os alunos de toda a rede municipal para realizar visitas e conhecer uma parte do nosso folclore através de figuras míticas da floresta.
A escolha do local da exposição (Jardins da Prefeitura) se deve a possibilidade de que, além dos quadros, os visitantes também possam conhecer um pouco melhor o prédio onde funciona da sede da prefeitura, que já foi um hotel na década de 70 e, antes, um presídio.
Hélio Melo, além de artista plástico, também era músico e escritor, sendo considerado um artista completo. Era homem simples, um autodidata, mas era um dos principais representantes das nossas raízes culturais e da nossa História. Ao todo, estão expostos cinco painéis do artista plástico Hélio Melo, sendo eles: o Mapinguari, a Mãe da Mata, o Curupira, o Matinta Pereira e o Caboquinho da Mata.
O artista plástico Danilo d’Sacre destacou ser uma honra poder prestar essa homenagem ao Hélio Melo. Para fazer a restauração, ele conta, foi utilizado um pincel para limpar os quadros e, assim, manter a originalidade da obra do artista.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), Rodrigo Forneck, explicou que a exposição é uma forma de homenagear o artista plástico Hélio Melo, ao mesmo tempo em que se realizou a restauração das obras, que antes podiam ser vistas no Parque Chico Mendes. “Em parceria com a secretaria de Educação, vamos trazer nossos alunos para conhecer as lendas da floresta”, disse.
Os quadros de Hélio Melo expostos nos Jardins da Prefeitura
O Mapinguari
É um monstro lendário da Floresta. Seu tamanho é de dois metros e anda em pé. É cabeludo, tem couro resistente e um umbigo grande por onde solta um mau cheiro que embriaga o caçador. Suas unhas são afiadas e só tem um olho no meio da testa. Os índios Apurinãs afirmam que ele existe de verdade.
Mãe da Mata
É a protetora da Floresta, invisível nos mistérios da mata. Castiga o seringueiro que maltrata as árvores. É uma velha magrinha, mas exigente e poderosa. Açoita o cachorro e enfrenta o seringueiro derrubando-o até sete metros de distância.
Curupira
É avermelhado e tem a forma de um mercado. Anda em pé e tem os pés virados para trás. O curupira protege a caça. No dia em que o caçador vê o curupira não consegue matar a caça.
Matinta Pereira
É um pássaro de cor cinzenta com o encontro das asas amarelado. O canto dela é assim: “Matinta!”. No mesmo instante se escuta dizer: “Pereira!” bem distante de onde ela se encontra. Ela é cheia de encantos e, às vezes, se transforma e fica com cara de ser humano.
Caboquinho da Mata
É um pouco bravo e muito difícil de ser encontrado, pois ele fica quase sempre invisível. É baixinho, anda em pé e seus cabelos são como o de um porco-espinho. Tem muita força e quando fica aborrecido com um caçador acontece de açoita-lo e o caçador fica todo cheio de marcas de cipó.
Com informações da assessoria da prefeitura de Rio Branco
