cultura
Após uma semana de apresentações, o Festival Matias de Teatro de Rua entra em sua reta final. Dois espetáculos, encenados no sábado (18) e no domingo (19) no Via Verde Shopping em Rio Branco, encerram a programação do evento.
O primeiro grupo a entrar em cena é o Locômbia, de Roraima, com Compassos em Silêncio. Mímica, instrumentos musicais e objetos cênicos são utilizados pela trupe em um espetáculo que fala sobre os encontros e desencontros da vida cotidiana, como indiferença, solidão e morte.
No dia seguinte, é a vez do Mamulengo Sem Fronteiras, do Distrito Federal, encerrar a programação com Exemplos de Bastião. Baseado na literatura de cordel, o espetáculo de bonecos conta a história de um palhaço de Folia de Reis que se mete em várias confusões com sua fiel burrinha.
O festival, organizado pela Cia Visse Versa de Ação Cênica, do Acre, começou no dia 11 de julho. Ao todo, 13 grupos de teatro não só do Acre, mas também de estados como Amazonas, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco se revezaram em cena, contabilizando um total de 41 apresentações em quatro cidades acreanas, Rio Branco, Plácido de Castro, Senador Guiomard e Bujari.
Além das peças, durante o festival, três oficinas foram realizadas. Teatro do Oprimido de Augusto Boal, com Licko Turle, fundador do grupo Tá Na Rua, do Rio de Janeiro. Introdução ao Circo e Palhaço com os artistas Selma Pavanelli e Adailton Alves e Percussão Brasileira com Eliberto Barroncas.
Um feito inédito, segundo um dos organizadores do evento, Lenine Alencar. “Mesmo com as dificuldades, como o custo amazônico e as distâncias, nós conseguimos trazer artistas de todas as regiões do Brasil para com dedicação mostrar suas artes. Estamos muito felizes também pela receptividade do público. Muitos espectadores viram pela primeira vez uma peça de teatro, muitos são carentes, levar diversão e talvez fazê-los refletir é a nossa principal recompensa”, comenta.
Matias
O nome do festival é uma homenagem ao seringueiro, poeta e teatrólogo José Marques de Souza, mais conhecido como ‘Matias’, fundador do Teatro Barracão e um dos precursores do teatro com viés social no Acre, durante as décadas de 1970, 80 e 90.
O festival é realizado com recursos do Programa Amazônia Cultural edital 2013, e feito em parceria da Cia. Visse e Versa, Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), Federação de Teatro do Acre (Fetac) e SESC, com apoio da Fundação Elias Mansour, Prefeituras do Bujari e Quinari, patrocínio do Via Verde Shopping e UNINORTE, e financiamento da Prefeitura de Rio Branco através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura-FMC/FGB e Governo Federal através do MINC/Fundo Nacional de Cultura.
