Grupos acreanos e mais oito estados se reúnem em festival de teatro de rua

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Espaços públicos de quatro cidades do Acre irão se tornar palco para grupos de teatro do estado e outras regiões . Neste sábado (11) começa o Festival Matias de Teatro de Rua. O evento, que vai até o dia 19 de julho, é organizado pela Cia Visse Versa de Ação Cênica, de Rio Branco e deve contar com mais de 41 apresentações em quatro cidades acreanas.

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Serão 41 apresentações em quatro cidades acreanas. Rio Branco, Bujari, Senador Guiomard e Plácido de Castro.

Treze grupos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Brasília, Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre irão se revezar nas apresentações que acontecem na capital acreana, Bujari, Plácido de Castro e Senador Guiomard. Segundo um dos organizadores do evento, o diretor Lenine Alencar, esse é um feito inédito.

“Pela primeira vez temos um festival que ocorre ao mesmo tempo em várias cidades do Acre. A gente entende que o teatro de rua tem uma linguagem tão própria que dialoga com cidade e não se prende a um único espaço e quando essa conversa ocorre, nós temos a arte pública”, diz.

Ele acredita ainda que evento pode ajudar a atrair a comunidade ao fazer artístico. “É um festival feito por artistas, não é uma ação vazia, mas algo que vai ficar na memória das pessoas. Sejam aquelas que costumam ir ao teatro ou aquelas que nunca tiveram oportunidade ver uma peça de teatro e mesmo aquelas que se sentem estranhas em entrar no teatro”, salienta.

Além dos espetáculos acontecerão as oficinas: Teatro do Oprimido de Augusto Boal, Técnicas Circenses e Percussão Brasileira para o Teatro de Rua, com artistas do RJ, SP e AM.

Matias

O nome do festival é uma homenagem ao seringueiro, poeta e teatrólogo José Marques de Souza, mais conhecido como ‘Matias’, fundador do Teatro Barracão e um dos precursores do teatro com viés social no Acre, durante as décadas de 1970, 80 e 90.

“É um festival popular e ninguém mais que o Matias que veio do seringal em Tarauacá para Rio Branco e a partir da ingenuidade de sua arte ele passou a utilizar o teatro para denunciar e reivindicar melhores condições de vida para as comunidades menos favorecidas. A gente agrega o Matias como agradecimento por tudo que ele iniciou, assim como tantos outros como Maués Melo e Beto Rocha”, explica.

Dificuldades

Alencar ressalta ainda os desafios para realizar um evento desse porte na Região Norte. “A maior dificuldade para realizar um evento como esse é conseguir financiamento. A gente mobiliza gente do Brasil inteiro, temos mais ou menos 70 pessoas que vem trazer seu fazer artístico, mas existe a questão do custo amazônico. É um lugar distante onde tudo é mais caro. O festival só acontece mesmo porque temos a dedicação dos grupos em se fazer presentes e toda dificuldade é superada pelo prazer de receber tanta gente legal e levar alegria e prazer para as pessoas”, finaliza.

O festival é realizado com recursos do Programa Amazônia Cultural edital 2013, e feito em parceria da Cia. Visse e Versa, Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), Federação de Teatro do Acre (Fetac) e SESC, com apoio da Fundação Elias Mansour, Prefeituras do Bujari e Quinari, Patrocínio do Via Verde Shopping e UNINORTE, e financiamento da Prefeitura de Rio Branco através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura-FMC/FGB e Governo Federal  através do MINC/Fundo Nacional de Cultura.

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