25 de abril de 2024

MP pede encaminhamento de bebê encontrado em privada para abrigo

cruzeiro

A recém-nascida encontrada em uma privada no último domingo (28), no bairro Aeroporto Velho, em Cruzeiro do Sul (AC), deve ser encaminhada para o abrigo infantil do município após um pedido realizado pelo Ministério Público do Acre (MPAC). A mãe da criança, Léia Nonata, é suspeita de ter jogado a criança no local após o parto.

O caso chegou oficialmente ao conhecimento do MP na terça-feira (30), através da Maternidade. De acordo com o promotor da Infância e da Juventude, Alequine Lopes, o órgão recebeu a informação de que a criança foi encontrada dentro de uma fossa séptica e que já tinha saído da UTI,  encontrava-se no espaço ‘Mãe Canguru’, e já estava sendo amamentada pela mãe.

“Chegando ao nosso conhecimento essa situação gravíssima, que consta que a própria mãe teria jogado a criança dentro da fossa séptica, nós entramos com a medida de proteção, que é uma ação judicial, para garantir os direitos e segurança da criança, e nesta ação pedimos para tirar a criança do convívio da mãe e leva-la ao abrigo para dar a ela um local seguro”, explicou o promotor.

De acordo com Alequine Lopes, o MP entendeu que não era seguro manter a criança próximo da mãe.

“A partir do momento que a mãe teve coragem de jogar a própria filha dentro da fossa séptica não existe mais a segurança de deixa-la junto com ela. Será levada ao abrigo, é o pedido que foi feito a juíza, e uma vez no abrigo, nós realizaremos estudo para saber se algum parente tem condições de ficar com ela”, falou.

Lopes explicou que o Ministério Publico deve realizar um  estudo posterior  sobre as condições da mãe, para saber se depois de em algum tempo a genitora terá condições de criar a criança.

“Para isso é necessário ter uma certeza absoluta de que ela não está com as mesmas condições de quando jogou a filha dentro da fossa, pois sabemos que existe uma depressão que acontece pós parto, que é sujeito a mãe fazer algo com o próprio filho”, relatou.

O Ministério Público recomendou que enquanto a mãe e a filha estiverem na maternidade devem ser acompanhadas por assistentes sociais, não podendo ficar sozinhas. Paralelo ao pedido De encaminhamento da criança ao abrigo o Ministério Público também deve  encaminhar o caso para ser investigado criminalmente.

“O caso foi encaminhado a promotoria criminal para que façam uma investigação quanto ao caráter criminal da conduta da mãe”, enfatizou o promotor.

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