Sem negociação de reajuste e paralisados há 36 dias, os professores da rede pública estadual continuam em greve e realizaram panfletagem na manhã desta quinta-feira (23) no centro de Rio Branco como forma de protesto contra o que chamam de “silêncio do governo”.
O comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) reuniu os grevistas na Praça da Revolução para distribuir panfletos nos pontos mais movimentados do centro. O panfleto foi confeccionado com uma charge feita com a foto do governador Tião Viana.
Fora os panfletos, bandeiras e camisas com figuras e frases de protestos foram levadas para o movimento. Centenas de professores foram às ruas.
“Aqui está uma classe indignada e muito triste com o posicionamento do governador. Se ele diz que o governo é dele e faz o que ele bem quiser, está errado. O poder não é dele, o poder é do povo” disse a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento.
Foi falado durante a caminhada nas ruas do centro da cidade, pela presidente do Sindicato, que os profissionais estão revoltados com o reajuste dado aos delegados de Polícia Civil. “Acreditamos que eles também têm direito ao aumento, mas nossa classe está em greve há muito tempo e parece que eles não estão nem aí para nós”, concluiu a presidente.
Os manifestantes pararam em frente à Casa Civil para chamar a atenção da vice-governadora Nazareth Araújo, que, segundo a categoria, por ser mulher, pode se sensibilizar com as servidoras que assumem mais de 80% da classe.
“É inadmissível a decisão do governo em não ouvir os nossos apelos, como profissionais fundamentais para o crescimento do estado. Isso nos indigna” explicou o Professor da rede pública, Fagner Morais.
Os profissionais estão dispostos a irem até o mês de setembro em greve, se até lá o governo não se pronunciar em relação ao reajuste, que é pedido pelos grevistas.
“Sou pai de aluno e acho que o governo deveria, sim, ouvir os professores. Eles são muito importantes para a sociedade e nos oferecem o conhecimento que precisamos, para ir ao mercado de trabalho com qualificação” disse o mototaxista e pai de um aluno, Edileudo Menezes.
