18 de abril de 2024

Tião Viana sinaliza em discurso que não vai disputar cadeiras ao Senado com Jorge

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O governador Tião Viana fez declarações na noite desta quinta-feira (23) que podem encerrar as especulações sobre o seu futuro político a partir do fim de seu mandato, em 2018. Tem sido comum o boato de que o petista renunciaria ao mandato de governador para disputar uma nova cadeira no Senado, concorrendo diretamente com o irmão dele, o senador Jorge Viana (PT).

Em discurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde foi condecorado com a medalha do mérito da Justiça Eleitoral, Tião Viana deixou claro que cumprirá cada dia de seu mandato. “Eu penso que Deus já me deu mais do que eu merecia. Sinto-me completamente realizado na vida pública. O que eu quero é honrar cada dia do mandato que o povo me deu”, afirmou Viana.

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Citando o folclore da política acreana do candidato derrotado descer os rios da região de balsa até a cidade de Manacapuru (AM), o governador disse ter tido esta experiência apenas uma vez, das suas cinco campanhas disputadas. Em 1994 o petista ficou em terceiro lugar na disputa para o governo do Estado.

Viana avaliou que é “um sofrimento perder uma eleição” e que “a vitória é um desafio para a vida”. Ele disse que Deus permitiu, com a ajuda do povo acreano, duas vitórias de senador e duas de governador.

O governador fez comentários sobre as propostas de reforma política em tramitação no Congresso e defendeu o fim das coligações partidárias, tema espinhoso e que encontra resistência. “Se eu pudesse dizer um elo de uma afirmação de transformação no processo eleitoral, eu diria: o fim das coligações proporcionais”.

Para Viana, um modelo de composição do parlamento, que descartasse a votação proporcional, facilitaria a governabilidade e acabaria com a prática do toma lá dá cá entre Executivo e Legislativo.

O governador criticou a atual legislação eleitoral brasileira ao afirmar que ela não acompanhou os novos tempos da democracia, refletindo as imposições do regime militar (1964-1985).

“No Brasil herdamos uma legislação eleitoral do regime militar e os juízes são obrigados a aplica-la. O Congresso Nacional não ousou atualizar o processo eleitoral para os tempos de democracia”, assinalou.

Tião Viana, que foi condecorado com a medalha do mérito da Justiça Eleitoral, em 2010 teve a sua coligação denunciada pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder político e econômico em sua eleição para o governo. A acusação, porém, foi rejeitada por unanimidade pelo tribunal.

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