Casos de zoofilia no AC estimulam associação a defender legislação de crimes contra animais

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Associação foi criada em dezembro de 2011

Dois crimes contra animais foram registrados em Rio Branco (AC) nos últimos 15 dias. O primeiro caso envolveu uma porca numa baia da Expoacre, onde um homem teria sido detido por seguranças após abusar sexualmente do animal, uma matriz selecionada para reprodução, que faz parte do plantel de qualidade superior de uma empresa.

O outro caso foi registrado em vídeo gravado por uma câmera de segurança, publicado em redes sociais, em que um homem aparece tentando manter relação sexual com um cão, supostamente na Rua Isaura Parente, em Rio Branco, às 5h21 da manhã. O vídeo foi registrado em frente a um pequeno estabelecimento comercial.

Ambos os casos evidenciam uma realidade vivida no Acre: a inexistência de uma legislação estadual de crimes contra animais. Mesmo com a grande repercussão, providências judiciais não puderam ser tomadas.

Consultada por ContilNet, a 1ª secretária da Sociedade Amor a 4 Patas, Larissa Macêdo, disse que um dos objetivos da é tornar zoofilia crime, já que o envolvimento de humanos com animais é considerado, segundo ela, apenas doença psicológica.

Amor a 4 Patas esteve presente na Expoacre

Amor à Quatro Patas esteve presente na Expoacre

“De forma judicial, não podemos fazer muita coisa. Neste ano, na Marcha da Defesa Animal, tornar zoofilia crime foi uma de nossas bandeiras, mas ainda não conseguimos”, lembra.

Mais do que um objetivo, a presidente da associação, Luciana Souza, conta que esse é um sonho da diretoria da associação. Segundo ela, a criação da associação foi um grande passo, pois através dela tem sido possível mobilizar a sociedade em defesa dos animais.

“Sonhamos com uma legislação estadual de crimes contra animais, com uma política mais extensa de controle populacional de cães e gatos em todos os nossos municípios. Também sonhamos com a criação de nosso abrigo com toda estrutura necessária, e, claro, o aumento das penas para quem comete crimes contra animais a nível nacional”, acrescenta Luciana Souza.

A mobilização por parte da associação sobre as pautas pode se tornar mais frequente nos próximos meses em decorrência dos crimes contra animais registrados recentemente.

“A população pode nos ajudar de várias formas. O simples compartilhamento de uma foto de animal para adoção em rede social já é de grande ajuda. Precisamos muito de lares provisórios, locais temporários para abrigar animais resgatados pela associação, então qualquer pessoa que puder ser um lar pode nos procurar pela página no Facebook”.

Na página oficial da associação, a comunidade pode saber mais sobre como participar ativamente destas e outras atividades.

“Também existem outras formas como: trabalho voluntário em nossos eventos, disponibilização de transporte para algum resgate, doação de roupas para nosso bazar, doação de ração, medicamentos. Quem quiser participar ativamente é só comparecer em nossa reunião mensal, que é divulgada na página”.

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