24 de abril de 2024

Com redução de ministérios, governo do Acre pode ficar do mesmo tamanho do federal

Palácio das Secretarias/Foto: Gleilson Miranda/Secom

Palácio das Secretarias/Foto: Gleilson Miranda/Secom

O anúncio da redução do número de ministérios pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) revela que, se de fato, a promessa for cumprida, com pelo menos 10 pastas sendo extintas, o pequeno e pobre Estado do Acre ficará com sua máquina administrativa com o mesmo tamanho do primeiro escalão da estrutura federal. É o que aponta levantamento feito por ContilNet levando em conta as secretarias e órgãos cujos titulares possuem status de secretário na gestão do governador Tião Viana (PT).

Oficialmente, o Acre possui 26 secretarias. No governo federal, em Brasília, são 39 ministérios que se espremem para ocupar a Esplanada dos Ministérios. A reforma administrativa de Dilma pode levar o governo a contar com 29 ministérios –apenas três a mais do que o Acre, que tem apenas 22 municípios e uma população inferior a 800 mil pessoas.

Ao ser levado em consideração os órgãos estaduais que por lei se igualam a uma secretaria, o governo Tião Viana pode até ultrapassar o tamanho da máquina federal se houver o corte de ministérios.

Os titulares da Casa Civil, Procuradoria Geral do Estado, Gabinete Militar mais os comandos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros contam com a mesma estrutura e salário de um secretário. Sendo assim, o Acre contaria com 31 órgãos de primeiro escalão, contra 29 ministérios no governo federal.

Em Rondônia, com o dobro da população acreana e o triplo de prefeituras, o governador Confúcio Moura (PMDB) é auxiliado por 20 secretarias oficiais –seis a menos do que o Acre.

Tião Viana tem recorrido, desde julho, a discursos em que retrata o momento ruim do Estado por conta da crise econômica. O mais recente foi na semana passada, quando relatou a perda R$ 36 milhões em receitas somente em agosto. O petista afirmou que o momento não é fácil, e defendeu responsabilidade e austeridade.

Até o momento, porém, o Palácio Rio Branco não tem dado sinais de apresentar uma reforma administrativa para reduzir o tamanho da máquina.

A medida mais perceptível é o freio na nomeação de cargos políticos, prática que vinha acontecendo até meados de julho à revelia da crise financeira.

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