Oposição já se engalfinha em Cruzeiro do Sul para decidir quem vai disputar prefeitura

PSDB de Henrique Afonso e PMDB de Vagnes Sales deverão ter candidatura própria em Cruzeiro

PSDB de Henrique Afonso e PMDB de Vagnes Sales deverão ter candidatura própria em Cruzeiro

A um ano das eleições municipais, com cenário incerto para definir quem será quem na disputa, a oposição ao governo petista no Acre já está se digladiando pela sucessão do prefeito Vagner Sales (PMDB), em Cruzeiro do Sul. O segundo maior colégio eleitoral do Estado é o principal reduto nas mãos da oposição. A vantagem, porém, em 2014, não foi suficiente para evitar a vitória de Tião Viana no primeiro e segundo turnos.

Nos bastidores a movimentação é intensa e gira em torno, principalmente, do ex-deputado federal Ilderlei Cordeiro (PR). A reportagem apurou que ele vem sendo assediado por Vagner Sales para se filiar ao PMDB e ser seu candidato. A relação política entre Cordeiro e Sales é de mera tolerância, com a desconfiança prevalecendo de ambos os lados.

A proposta de Vagner Sales, segundo lideranças políticas da região, é levar Ilderlei Cordeiro para o PMDB e depois atingi-lo com o golpe de misericórdia, escolhendo outro nome dentro da sigla. Com isso, Sales tiraria um potencial adversário interno da disputa, pois Cordeiro não poderia disputar a prefeitura por outro partido.

Conforme a legislação eleitoral, o candidato precisa ter, no mínimo, um ano de filiação da data da disputa para poder concorrer a cargos. Atento às estas possíveis manobras, Cordeiro esteve na semana passada conversando com a cúpula do PR para saber da viabilidade de disputar a prefeitura com o apoio do partido.

Houve conversas ainda com os líderes da oposição. Além de Cordeiro, apontado hoje como o melhor nome dentro do grupo, o PSDB aposta na candidatura do ex-petista Henrique Afonso, que em 2012 foi o candidato do governo em Cruzeiro do Sul, disputando voto a voto com Sales.

Apesar da vantagem por ser uma liderança da região, Cordeiro é visto com desconfiança pelos oposicionistas. Há o temor de que, vencendo as eleições no campo oposto, ele venha a mudar de lado e fechar aliança com o governo petista. No meio do embaralho ainda há o PP, do senador Gladson Cameli, que também ensaia patrocinar uma candidatura na cidade.

A corrida pela manutenção de Cruzeiro do Sul entre os opositores ao governo petista trará reflexo da disputa de 2014, quando tucanos reclamaram do corpo-mole e desdém das principais lideranças da região na campanha de Márcio Bittar (PSDB). Os tucanos ensaiam revanche e querem candidatura própria, o que pode provocar o racha do palanque. Até 2016, porém, muita água e especulação passarão por debaixo da ponte do Rio Juruá.

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