19 de abril de 2024

Confiança do empresário do comércio em relação ao setor cai 24,6% ante 2014

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), chegou a 82,2 pontos em agosto, numa escala de 0 a 200. O resultado corresponde à 7ª queda mensal no ano e marca o patamar mais baixo da série histórica, iniciada em março de 2011. A queda foi de 0,9% em relação ao mês de julho e de 24,6% ante o mesmo período de 2014. O subíndice que mede a avaliação dos entrevistados em relação às condições atuais da economia, do setor e da própria empresa foi o componente do Icec que registrou as maiores quedas, tanto na comparação mensal, 2,5%, quanto na anual, 45,5%.

Para 93,7% dos entrevistados a economia do País está pior que no mesmo período do ano passado. A decepção dos comerciantes está alinhada com a evolução da economia brasileira, que registrou uma retração de 1,0% no primeiro semestre de 2015 – pior resultado para esse período em mais de 25 anos. O subíndice que mede as expectativas quanto ao desempenho da economia do País ficou em 103,2 pontos, quase chegando à zona de indiferença (100 pontos), e está 20,4% abaixo do nível registrado em agosto de 2014. Para a CNC, os resultados sugerem a ausência de qualquer possibilidade de recuperação do setor no curto prazo e a prorrogação do cenário de retração, com um desempenho fraco, inédito em mais de uma década.

Com isso, a tradicional efetivação dos vendedores temporários de Natal não deve ocorrer. A Confederação prevê que 2015 termine com um saldo negativo de 122 mil vagas no varejo – uma disparidade em relação a 2014, quando o setor contabilizou 153 mil empregos a mais que no ano anterior. A intenção de contratação de funcionários no comércio caiu 4,6% na comparação mensal, e a percepção de estoques elevados afeta 35,2% dos empresários – nível recorde da série histórica.

A CNC revisou a queda no volume de vendas de 2015 de 1,9% para 2,4% no conceito restrito. Incluídos os dados do comércio automotivo e de material de construção, o recuo é ainda maior: 6,5% até o final do ano.

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