25 de abril de 2024

Dólar se mantém acima de R$ 4 e volta a fechar no maior valor da história

O dólar fechou em alta pela quinta vez seguida nesta quarta-feira (23), e voltou a terminar o dia no maior valor da história. O dólar subiu 2,28%, cotado a R$ 4,1461 na venda. Veja a cotação. Na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 4,1517.

Depois de abrir o pregão em queda, o dólar passou a subir minutos depois. Após a moeda bater R$ 4,14 mais cedo, por conta de preocupações com a situação econômica e política no país e temores externos, o Banco Central intensificou a intervenção no câmbio nesta quarta-feira com o anúncio de novos leilões.

Foi o maior avanço diário em três semanas. Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 4,75% e 14,31%, respectivamente. Em cinco sessões, o avanço foi de 8,14%. No ano, a moeda já subiu 55,94%.

Intervenção do BC

O BC vendeu no início da tarde 4,4 mil swaps cambiais (papéis que equivalem a uma venda futura de dólares, e servem como uma proteção contra a alta da moeda), da oferta de até 20 mil. O BC anunciou ainda para a tarde desta quarta leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra e, na quinta-feira, outra oferta de até 20 mil swaps cambiais. Todos esses leilões, segundo assessoria de imprensa do BC, não são para rolar (trocar títulos que vencem por títulos novos, para evitar tirar esses recursos do mercado) contratos já existentes.

O BC voltou a realizar neste mês os chamados leilões de linha (venda de moeda norte-americana com compromisso de recompra nos meses seguintes). Ao vender dólares no mercado, o BC atua para tentar conter a alta da moeda – fator que prejudica o controle da inflação, uma vez que insumos e produtos importados ficam mais caros.

Desde abril, o BC não fazia leilão de swap sem ser para rolagem. O Banco Central também deu continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9,45 mil contratos. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 7,179 bilhões, ou cerca de 76% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.

“Uma atuação como essa deveria segurar um pouco, mas a volatilidade está muito grande”, disse à Reuters o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. “O mercado está perdido e corre para o dólar”.

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