25 de abril de 2024

Em 10 anos, Brasil pode ter 75 milhões de crianças acima do peso

Adolescentes são terríveis, mas pré-adolescentes são os piores. Quem não tem lembranças risíveis e, ao mesmo, tempo sofríveis da época do ginásio? Eu tenho e aposto que vocês também.

Adolescentes são terríveis, mas pré-adolescentes são os piores. Quem não tem lembranças risíveis e, ao mesmo, tempo sofríveis da época do ginásio? Eu tenho e aposto que vocês também.

Relembrei destes dramas com uma vivência “inocente” da turma do meu filho do meio. Um amigo fez aniversário e meu filho quis levar uma paçoca de presente. Isso, um docinho de amendoim, daqueles mais simples e “inofensivos”. Como a festinha do garoto seria no final de semana, ri da lembrança, mas não deixei de perguntar sobre a inspiração para a escolha do presentinho.

– “É que ele come uma paçoca todo dia na escola”.

Eu imaginei a situação. As crianças atuais praticamente não fazem atividade física,raramente caminham até a escola (este colega, em especial, sei que mora longe o suficiente para precisar de carona do pai), as aulas de educação física são insuficientes para que todos tenham tempo de se movimentar adequadamente (umestudo do AgitaSP dá conta que em média, em 50 minutos de aula, cada aluno se mexe por menos de 5) e nesta idade do estirão eles têm uma fome de leão e comem como ogros. O resultado não pode ser bom, né?

O colega em questão tem visível sobrepeso e, pelo que sei, já tem alguns problemas de saúde que podem ser em decorrência da composição de fatores assim na sua rotina. Mas não deve ser o único, infelizmente. E tudo pode ter começado bem antes da adolescência chegar.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ministério da Saúde apresentaram dados de um estudo que revelou que 1 em cada 3 crianças entre 5 e 9 anos de idade está acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A OMS estima que, se nada for feito para mudar esse quadro, até o ano de 2025,  poderemos ter 75 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade no Brasil.

Mudar a alimentação é importante, tanto quanto estimular a atividade física, nem que seja jogando videogame como comentei outro dia num post.

Nossos filhos podem fazer toda diferença na mudança que desejamos para o mundo, mas precisamos empoderá-los com informações, dar exemplos (cuidando da nossa própria dieta) e falando de alimentação saudável em casa, pois multiplicamos o conhecimento, que chega às escolas e à comunidade.

As crianças aprendem na escola que a refeição deve ter, no mínimo, cinco cores. Mas especialistas em nutrição contam que muitas crianças chegam aos consultórios admitindo que nunca comeram frutas, e que não gostam de legumes ou de salada verde de jeito nenhum, por isso não são estimulados pelos pais e cuidadores a provarem nada.

Eu conheço mães que dizem que só descobriram vegetais como cenoura quando tiveram bebês e começaram a preparar papinhas! Imaginem isso!

Vamos mudar a vida de muitas crianças ensinando as que estão perto da gente que elas têm o direito de se alimentar bem?

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