18 de abril de 2024

Estudo liga contato com objetos de plástico do dia a dia a aborto

 

A quantidade de ftalatos era maior na urina das mulheres que haviam abortado

A quantidade de ftalatos era maior na urina das mulheres que haviam abortado

Um estudo chinês publicado no jornal “Environmental Science and Technology”, órgão da Sociedade Americana de Química, no início de agosto, relacionou a exposição aos ftalatos a um maior risco de aborto.

Essas substâncias, presentes em vários tipos de objetos do dia a dia –como brinquedos, potes de cozinha e sacolas de mercado–, têm a função de tornar o plástico de PVC flexível, além de serem usados como solventes em cosméticos e produtos químicos.

O estudo analisou 300 mulheres grávidas, das quais 132 haviam perdido o bebê. A concentração de resíduos de ftalatos na urina delas era consideravelmente maior.

Bastante voláteis, as moléculas dos ftalatos ligam-se facilmente ao organismo por meio da ingestão, inalação ou do contato com a pele. Os cientistas, no entanto, ainda não sabem qual o meio de contaminação mais prejudicial à saúde. No caso dos potes de plástico, o risco aumenta quando são aquecidos no forno de micro-ondas. O ideal é trocá-los por recipientes de vidro.

Acredita-se que as mulheres, de maneira geral, sejam mais expostas a essas substâncias do que os homens, porque consomem mais produtos de beleza, como xampus, condicionadores, sabonetes líquidos, géis, loções corporais, esmaltes, perfumes e desodorantes.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado o risco de aborto em mulheres que trabalham na indústria e, portanto, são altamente expostas a esses materiais. Esse, entretanto, é o primeiro estudo a comprovar o risco para uma exposição não vinculada ao ambiente de trabalho.

Ainda é difícil saber se um produto contém ftalatos, pois eles aparecem disfarçados nos rótulos com outros nomes, sendo o mais comum o di(2-etilhexil) ftalato (DEHP). Outras nomenclaturas possíveis são benzila, butila, dibutila, diciclohexila, dietila e diisodecila.

No Brasil, por determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as concentrações de ftalatos e seus derivados são limitadas a 1% em copos e garrafas plásticas descartáveis desde 2009.

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