Os policiais militares e bombeiros do Acre recebem o 3º pior salário do Brasil e o mais baixo da Região Norte. A afirmação é do presidente da Associação dos Militares do Acre (AME), Joelson Dias, atribuindo os baixos salários à defasagem e ao achatamento salarial nos últimos 12 anos. Os vencimentos ficam atrás apenas dos militares dos estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
“Não podemos negar que existiram avanços. Contudo, em um levantamento recente entre as instituições militares, os sargentos da PM e do Corpo de Bombeiros estão entre os piores salários do país. No Acre, graças aos avanços que tivemos, chegamos mais rápido à graduação de cabo e sargento, mas isso não quer dizer que exista uma melhoria substancial de salário”, afirmou Dias, que acrescenta: “precisamos da ampliação do quadro de vagas para as promoções fluírem”
Dias afirma, ainda, que atualmente os militares não têm a devida compensação financeira com o passar dos anos (progressão horizontal, “puladinha” de letra e anuênios). “Também queremos a vinculação proporcional entre o salário de um coronel com os demais postos e graduações. Hoje temos sargentos, com 20 anos de serviços, ganhando apenas R$ 300 a mais do que um soldado recém-incorporado”, explicou.
Ele também reivindica a volta das promoções, redução da carga horária, revisão do regime disciplinar, entre outros pleitos. Os avanços obtidos nos últimos dez anos, segundo ele, foram frutos de muita luta e organização. “Aprovamos o nosso estatuto em 2005. Reajustamos os nossos salários em 2009, quando a tropa acampou em frente ao escritório do governo. Conseguimos 20% e o risco de vida em 2013. O risco de vida foi apenas a correção de uma injustiça”, relembrou o sindicalista.
