19 de abril de 2024

Robô se “reproduz” fabricando sozinho “filhos” mais evoluídos

pesquisatecPesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, fizeram um “robô-mãe” que deixaria Charles Darwin orgulhoso.

A máquina reprodutora é capaz de fabricar “robôs-filhos”, avaliá-los baseado na performance de suas tarefas e, a partir daí, melhorar as próximas gerações. Ou seja, sem qualquer intervenção humana, o “robô-mãe” cria um processo evolutivo de seus descendentes. Uau!

O “robô-mãe” foi construído e equipado com um braço robótico Universal Robots. O “reprodutor de máquinas” construiu e testou dez gerações de “robôs-filhos” – que, na verdade, são pequenos cubos com um motor interno – em cinco experimentos. Para desenhar e construir cada robozinho, a mãe levou cerca de dez minutos.

Cada robô-filho tinha a tarefa de viajar a maior distância possível em um certo período de tempo. Dependendo da performance de cada cubinho, o “robô-mãe” promovia alterações nas próximas gerações alterando seus “genomas” – que nada mais eram que um sisteminha colado no robô-filho.

Para se ter uma ideia de como o processo evolutivo funcionou, os últimos robôs-cubo feitos terminavam a tarefa pedida duas vezes mais rápido que seus “irmãos” da primeira geração.

“A seleção natural é basicamente reprodução, avaliação, reprodução, avaliação e assim por diante. Isso é essencialmente o que este robô está fazendo. Nós podemos realmente ver a melhoria e diversificação das espécies”, afirmou, em nota, Fumiya Iida, pesquisador-chefe do projeto.

É claro que existe uma diferença enorme com a evolução biológica. Principalmente, pelo fato de que o robô-filho nunca poderá se tornar um robô-mãe. Mesmo assim, a pesquisa mostrou que uma máquina consegue, sozinha, melhorar a construção de outras. Detalhe: percebendo, inclusive, nuances que uma análise humana deixaria de lado.

“Uma das grandes questões na biologia é de como a inteligência surgiu. Estamos usando a robótica para explorar esse mistério. Nós geralmente pensamos em robôs como máquinas que executam tarefas repetitivas, e eles são normalmente concebidos para a produção em massa em vez de customização em massa, mas nós queremos ver robôs que são capazes de inovação e criatividade”, afirmou Iida.

A pesquisa foi feita pela Universidade de Cambridge em parceira com o ETH Zurich. O estudo completo está disponível na revista científica PLOS ONE (http://zip.net/bnrQL0).

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