Por unanimidade, os deputados estaduais aprovaram na manhã desta terça-feira (7) o Projeto de Lei que permitirá a convocação de policiais militares da reserva para combater a onda de criminalidade que atingiu o Acre nos últimos dias.
Tão logo o projeto de autoria do Executivo chegou à casa legislativa, o presidente da Mesa Diretora, deputado Ney Amorim (PT), pediu total atenção para a matéria e, portanto, a sessão foi suspensa para que o documento fosse analisado e em seguida votado em regime de urgência.
Para Ney Amorim a matéria exigia atenção e agilidade dos deputados, pois trata-se de um caso de segurança pública e a obrigação do legislativo é ajudar a criar mecanismos para combater a violência. O petista defende a união dos poderes para que o crime não prevaleça no Acre.
O líder do governo na Aleac, deputado Daniel Zen, chegou a afirmar que a onda de atentados que atingiu Rio Branco nos últimos dois, incluindo incêndios a ônibus, é uma retaliação de criminosos por conta da morte de dois assaltantes na última segunda-feira (5).
De acordo com o projeto, os policiais da reserva que serão convocados receberão remuneração extra para voltar a atuar.
Segundo a secretária de Comunicação do Estado, Andréa Zíllio, houve uma reunião da Segurança Pública com os juízes da capital e representantes do Ministério Público Estadual para tratarem dos atentados em Rio Branco.
Resumo das ações
O governo do Acre divulgou uma nota das ações de resposta da Segurança Pública do Acre às ações criminosas:
1 – Prisão dos responsáveis pela coordenação e execuções dos atentados contra veículos e casas abandonadas. Cinco pessoas foram presas. Eles estavam recebendo informações dos presídios e atuavam tanto na coordenação dos crimes, quanto na própria execução dos incêndios. O grupo foi autuado em flagrante por associação para o crime com o agravante do uso de armas de fogo. Outras prisões também ocorreram na capital e interior
2 – Revista no maior presídio da capital, onde foram apreendidos 55 celulares e movidos para o Regime Diferenciado de Detenção (RDD) dos “líderes” das ações criminosas.
3 – 300 homens das polícias Militar e Civil, Exército, Bombeiros, Força Nacional e PRF. Efetivo emergencial empregado além dos serviços de policiamento de rotina reforçaram a segurança nas ruas na noite de ontem.
4 – Todos os acessos à capital tiveram bloqueios policiais na noite de ontem, com o uso da Força Nacional, Exército e PRF.
5 – Houve uma reunião da Segurança Pública com os juízes da capital, intermediada com o Tribunal de Justiça, com a presença de representantes também do Ministério Público Estadual para tratarem da problemática.
6 – Não houve nenhum ataque direto à pessoas da sociedade, nem tampouco profissionais de segurança pública. Os ataques foram ao patrimônio.
7 – Convocação de 100 policiais da reserva remunerada da Polícia Militar. A ação já foi encaminhada para votação na Assembleia Legislativa na manhã de hoje, para oficializar isso pelo tempo que for necessário.
8 – Continuidade das operações por tempo [email protected], ou telefone 9922-2118.