O líder do PP na Assembleia Legislativa do Acre, Ghelen Diniz, utilizou a tribuna da casa parlamentar na manhã desta quinta-feira para pedir que seja aberta uma sindicância para apurar a denúncia da dona de casa Gercineide Nogueira Sampaio, moradora do município de Sena Madureira, que afirmou ter sido “retalhada” durante trabalho de parto e que seu filho teve o braço fraturado em dois lugares.
Ghelen pediu providências no caso e lamentou a possibilidade do recém-nascido perder parte dos movimentos do braço devido a erros durante o parto.
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O progressista pediu a abertura de investigação um dia após a ContilNet ter publicado a segunda matéria sobre o assunto dando conta, através de imagens, que exames de raios-x comprovaram que o braço da criança foi gravemente lesionado durante parto no hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira.
“É lamentável que um caso destes ocorra. Os fatos precisam ser apurados e os culpados punidos”, declarou.
Sobre a violência obstétrica, Gercineide afirmou, em entrevista à ContilNet, que exames concluíram que o bebê era grande demais para nascer de parto normal e mesmo assim a equipe médica não realizou um parto cesariana.
“Após vários dias indo ao hospital, sempre obtive a mesma resposta, ou seja, de que não poderia fazer a cirurgia. Passei mal e me aplicaram uma sequência de medicamentos para dor e dilatação. Quando percebi, já estava em trabalho de parto. Eles me cortaram toda. Foi um momento muito difícil e pensei que iria morrer”, declarou.