Mais de 8,7 mil pessoas que, entre as décadas de 1950 e 1980, contraíram hanseníase e foram internadas compulsoriamente em hospitais-colônias já estão recebendo pensão como indenização do Estado. A informação é da Agência Brasil.
De acordo com informações da publicação, com base em dados da Secretaria de Direitos da Presidência da República, os números se referem até setembro deste ano e foram apresentados na segunda-feira (1), durante o 8º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, na capital paulista.
Inicialmente, a estimativa do governo federal é que 4 mil pedidos seriam feitos.
No Acre, de acordo com dados divulgados, está boa parte (46 dos 145) dos pedidos de indenização judicializados.
“Temos levantamento, mas poderia dizer que 90% são totalmente incapacitados. Eles eram diagnosticados e mandados para os seringais, onde continuavam exercendo a profissão, sem nenhuma orientação ou tratamento adequado. Não temos como avaliar o processo, porque não existe documentação”, conta Maria Eugênia Gallo, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
O Acre perde apenas para Minas Gerais, com 63 do total de casos judicializados.