Pai que nunca encontrou o corpo do filho morto visita cemitério; “Forma de me aproximar dele”

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Marcelo perdeu o filho de 6 anos em um acidente de barco/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

Quem vê Marcelo Salazar, 45 anos, caminhando entre os túmulos do Cemitério São João Batista, em Rio Branco, pode imaginar que ele está visitando alguém da família, mas não é. Marcelo visita o cemitério como uma forma de se aproximar do filho de 6 anos, morto em um acidente de barco, cujo corpo nunca foi encontrado.

“Ele não teve velório, nem enterro. O corpo do meu filho nunca foi encontrado, as águas levaram ele e eu só fiquei com a sensação ruim que a morte deixa. Eu venho ao cemitério nesta época para me aproximar dele”, declarou.

Natural do Amazonas, estado em que aconteceu o fatídico acidente que ceifou a vida do filho, Marcelo, que atualmente mora no Acre por conta do trabalho, afirma que até se prontificou a cuidar de graça do túmulo de um amigo como forma de se manter próximo ao filho falecido.

“Não tenho a quem visitar nesta época do ano, então eu venho cuidar do túmulo de um amigo da família que morreu há 3 anos”, disse.

Mesmo convivendo com a constatação da morte do filho e visitando anualmente o cemitério, Marcelo diz que não se acostuma com a morte.

“Sempre vou achar estranho, muito estranho. Não tem como se acostumar com algo assim”, frisou.

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Pai que nunca encontrou o corpo do filho morto visita cemitério; “Forma de me aproximar dele”