Um mês após o decreto de situação de emergência nacional devido ao aumento dos casos de microcefalia por suposta contaminação pelo zika vírus e o diagnóstico de três casos de da síndrome no Acre, o médico infectologista Eduardo Farias concedeu entrevista à ContilNet para falar sobre a contaminação causada a partir da picada do mosquito Aedes aegypti e esclarecer supostas boatos que circulam sobre o assunto.
Para Eduardo Farias, é importante trazer o maior número de informações precisas a respeito do assunto para que não haja pânico nas pessoas por causa de falsa informações.
“Há muitos boatos e que precisam ser esclarecidos. Estamos diante de algo grave, mas não podemos deixar que as pessoas se apavorem ao acreditarem em tudo”, disse.
Um dos boatos que circula sobre o assunto e que é prontamente desmentido por Farias é o de que os casos de microcefalia são causados por vacina contra a rubéola, que supostamente estariam fora do prazo.
“É um dos assuntos que foi espalhado na internet, mas que é completamente sem sentido. Não existe a menor ligação entre a vacina e os casos de microcefalia”, explicou Farias.
O médico também desmentiu que haja possibilidade do zika vírus ser transmitido pelo leite materno.
“A verdade é que a chance da contaminação é maior no início da gravidez, nos três primeiros meses”, disse.
Farias faz questão de ressaltar que as pesquisas sobre o assunto ainda estão em andamento.