A presidente Dilma Rousseff começou o ano de 2015 com uma mensagem que não iria promover “recessão ou retrocesso”. No entanto, meses após tal promessa aos trabalhos Legislativos no país, o Brasil encontra-se rebaixado por duas agências de risco. Ainda assim, a presidente cumpriu uma porcentagem equivalente a 32% do que havia prometido para os últimos 12 meses, de acordo com matéria da Folha de S. Paulo.
No total, foram 34 metas listadas por Dilma para serem atingidas durante o ano, apenas 11 delas foram completamente cumpridas, enquanto cerca de 17 tiveram um desempenho que pode ser visto como instatisfatório. “Em 2014, o Brasil parou à espera da eleição; em 2015, o Brasil tombou”, comentou Guilherme Mello, professor de Economia da Unicamp, em entrevista.
Das 34 metas listadas por Dilma, apenas 11 delas foram completamente cumpridas/Foto: AFP
Em análise, é possível identificar que praticamente uma das únicas metas completamente atingidas pela presidente foi a de aumento de impostos, além de metas da educação como o aumento das bolsas oferecidas pelo ProUni, que chegou à casa das 270 mil bolsas; e a conclusão da construção de creches e pré escolas, foram prometidas 6.322 mil e foram construídas 6.315 mil.
Por outro lado, problemas como o controle da inflação, e a promessa do aumento do superávit primário não foram alcançadas no campo da economia. Outro ponto bastante discutido e que não obteve sucesso no ano foi a implementação de um programa para desburocratizar e simplificar as ações do Governo, porém uma pequena ação iniciada em fevereiro, com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ainda está em estágio embrionário.
Para o especialista em finanças públicas, Mansuetro Almeida, “o processo de arrumar a casa ainda vai levar muito tempo; no ao que vem é necessário aprovar ajustes estruturais para possibilitar que as despesas obrigatórias cresçam menos que a inflação”.
