Ramais da Trasacreana estão abandonados pelo poder público, denunciam agricultores

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Com as chuvas, alguns trechos dos ramais ficam intrafegáveis/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

Um grupo de agricultores da Estrada Transacrena está denunciando as condições dos ramais da região. Eles pretendem fazer um protesto nas dependências da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e, em seguida, entram com uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) contra o governo estadual.  A região é considerada o maior polo agrícola de Rio Branco.

A nossa reportagem pegou a estrada e entrou no Ramal do Neca, quilômetro 45. Depois de cinco quilômetros ramal adentro, deparamo-nos com um grupo de agricultores auxiliando tratoristas da Empresa Municipal de Serviços Urbano (Emurb). “A gente sabe que o serviço é de responsabilidade do Deracre, mas, se a prefeitura está fazendo, tudo bem”, disse o agricultor Francisco Cosmo Nascimento da Silva.

Casado Rosinês Acásia Feitosa e pai de seis filhos, o agricultor mora em um lote de 100 hectares na comunidade Nova Esperança, localizada às margens do Riozinho do Rola. “Aqui não tem luz, água potável, posto de saúde e o ramal é de difícil acesso”, declarou a mulher, informando que cerca de 1000 pessoas dependem da trafegabilidade do ramal.

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Os agricultores também reivindicam a construção de um porto, pois a outra margem do rio dá acesso a dezenas de comunidades. “Aqui a gente tira muita castanha, tem muita farinha, milho e criação de pequenos animais”, afirmou o produtor rural Emilson Vasques Cavalcante, para quem o problema agrícola do Acre não é de produção, mas de escoamento.

Outro lado (atualização às 19 horas)

A assessoria de imprensa do Deracre enviou nota à redação da ContilNet esclarecendo que através de parceria com a prefeitura de Rio Branco recuperou mais de 300 quilômetros de ramais na Transacreana.

Veja a nota

Seguindo exemplo de anos anteriores, o Deracre firmou parceria com as prefeituras em diversos municípios do Acre para melhorar os ramais e garantir o acesso e escoamento da produção dos trabalhadores rurais.
Somente na região da Transacreana, mais de 300 km de ramais foram melhorados e diversas pontes reformadas pelo Deracre.  A parceria com a prefeitura de Rio Branco também garantiu a reforma de diversas estradas. O ramal do Noca, por exemplo, o trabalho está sendo executado pela Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb), que recupera os trechos críticos, assim como em outros ramais do município.

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