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“Servidor também pode se manifestar; ninguém foi obrigado a vir”, diz Ermício sobre ato pró-Dilma”

Por jorge natal, da contilnet

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Ato contou com cerca de 2 mil pessoas, diz PM/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

Cerca de 2 mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, protestaram contra o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). A concentração começou às 17 em frente ao Palácio Rio Branco e contou com representantes de mais de 20 entidades da sociedade civil, além de militantes dos partidos da Frente Popular do Acre. Também estiveram presentes alguns parlamentares, o prefeito da capital, Marcus Alexandre (PT), a vice-governadora, Nazaré Araújo (PT), além de dezenas de líderes religiosos.

Questionado sobre a mobilização ter sido patrocinada pelas máquinas estadual e municipal, o presidente da Executiva Regional do PT, Ermício Sena, não titubeou: “servidor público também é cidadão e pode se manifestar”, contestou ele, assegurando que “ninguém foi pressionado para comparecer ao evento”.

Mas a simbiose do PT com a administração pública não demorou para aparecer. Toda a energia da aparelhagem de som estava sendo alimentada pelo sistema elétrico do Palácio Rio Branco. “Isso aí é uma prova de que o PT não sabe distinguir o público do partidário”, criticou um observador, que pediu para não ser identificado.

Marcus Alexandre também participou do ato contra impeachment de Dilma/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

Um dos oradores mais efusivos era o representante da Central Única dos Trabalhadores, Evandilson Alves, para quem a “elite branca, machista e reacionária estava querendo aplicar um golpe”, atentando, segundo ele, contra o estado democrático de direito.

“Foram muitos anos de luta por avanços sociais, democracia e fortalecimentos das instituições”, disse, reiterando que não haveria golpe.

Para um dos fundadores do PT, Antônio Batista da Silva, o “Chumbinho”, as ruas darão as respostas ao Congresso Nacional, a seu ver composto por integrantes conservadores e machistas.

“Até o presente momento nada foi provado contra a presidente, que foi torturada lutando por democracia”, disse o velho militante, proferindo a principal palavra de ordem do movimento: “Fora Cunha, Fica Dilma”.

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