Em Rio Branco, os doentes com dificuldade ou impossibilidade de locomoção até uma Unidade Básica de Saúde (UBS), e que necessitem com maior frequência de cuidados e acompanhamentos contínuos, podem contar com a prestação de assistência à saúde da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad).
Coordenado pela enfermeira Cristiele Montenegro, a equipe é formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais e fisioterapeutas. Esses profissionais cuidam de 200 portadores de feridas e 26 acamados.
Eles pertencem à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e estão fazendo a diferença na recuperação de pacientes, que nos remete ao que foi retratado no filme Patch Adams, O Amor é Contagioso, estrelado pelo talentosíssimo ator Robin Williams. A nossa reportagem acompanhou a equipe em dois bairros e fez os registros.
A reportagem da ContilNet saiu da cidade e entrou no Polo Benfica, mais precisamente na Travessa do Mundico. Lá, foi recebida pela dona de casa Márcia Teresa de Sousa, 39 anos, que é irmã de Pedro Pereira Barroso. Depois de sofrer um acidente automobilístico, ele ficou tetraplégico e passou depender da assistência do Emad.
Não somos os únicos nem os melhores, mas a nossa dedicação e amor pelo ser humano nos faz bons profissionais. Cristiele Montenegro
Depois ser homenageado com músicas, Pedro recebeu presentes e agradeceu: “vocês são abençoadas por Deus”, disse. “Nada disso seria possível se não tivéssemos amor pelos nossos pacientes”, declarou a médica Marluce da Silva, para quem o trabalho de recuperação e reabilitação é “sacerdócio e dom de Deus”.
Do campo formos para o bairro Santa Inês, no Segundo Distrito, desta feita direto para a casa do paciente Elimar Pereira da Silva, 47 anos. Depois tomar uma medicação, ele teve uma reação alérgica e seu corpo ficou cheio de feridas. “Tivemos retirá-lo do hospital, pois existiam muitos tecidos necrosados. Além disso, o Elimar estava definhando”, informou a nutricionista Maria do Carmo Duarte, assegurando que Elimar está praticamente recuperado.
“Quando um profissional em saúde passa a ser mais do que um amigo de confiança, que visita e trata dos doentes, ele descobre que esse serviço é para pessoas diferenciadas. Não somos os únicos nem os melhores, mas a nossa dedicação e amor pelo ser humano nos faz bons profissionais. A recuperação do Elimar é a nossa satisfação. Isso não tem preço”, disse, emocionada, Cristiele Montenegro.