Marina Silva, 57, ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, estrela da Rede Sustentabilidade, prefere que a crise instalada no Planalto se resolva acelerando-se o processo contra a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral, e não pela via do impeachment no Congresso.
“Impeachment não se fabrica, ele se explicita em função dos fatos que o justificam. Não se muda o presidente da República simplesmente porque a gente discorda dele.”
Ela não cogita, contudo -mas tampouco descarta-, voltar a ser candidata à Presidência. “Meu objetivo de vida não é ser presidente da República”, diz a “professora que trabalha e que tem uma militância política, que vive uma vida modesta”.
Por ora, diz que o foco é estruturar a Rede, que tem apenas 3.000 integrantes com filiação confirmada, e seu programa, para apresentar candidatos próprios na próxima eleição municipal, mas em poucas cidades. Também será “programático” o apoio a candidatos de outros partidos, como Ricardo Young (PPS) em São Paulo.
Ela discorda de que seu grupo esteja omisso ou tímido no debate sobre a grave crise política enfrentada pelo país. Diz que é muito cedo para pregar um rótulo no novo partido. Se tiver de escolher um, prefere ser chamada de “sustentabilista” -progressista, bem entendido, mas não anticapitalista.
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