Ex-secretário de governos do PT no Acre, Cassiano Marques diz que nunca mais vota em Lula

Em uma de suas páginas nas rede sociais, o ex secretário de Saúde e Turismo dos governos petistas no Acre, Cassiano Marques, disse que nunca mais votará em Lula. O jurista desabafou depois da repercussão da notícia de que o ex-presidente teria entregue a indicação de uma das diretorias da Petrobras, a BR Distribuidora, ao  também ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL).

O advogado, que hoje lidera grupos de motoqueiros, ciclistas e aposta no turismo no Acre, publicou em sua página: “Eu que fui pra ruas pelo Fora Collor, a época presidindo o Diretório de Direito da UNICAM, fico enojado em ver as notícias do governo Lula ter entregue uma diretoria da Petrobrás à influência do ex-presidente expurgado por corrupção”.

Cassiano é advogado e hoje lidera grupos de motoqueiros e ciclistas. Foto: Reprodução

Cassiano é advogado e hoje lidera grupos de motoqueiros e ciclistas. Foto: Reprodução

As palavras de Cassiano também deixaram claro que, mesmo sabendo dos inúmeros casos de corrupção patrocinados no governo, sempre votou em Lula. E destacou dizendo que não votará mais. Mas disse que procurará outra alternativa e que não irá para o colo da direita “reacionária”.

“Sempre votei no Lula, mas não votarei mais caso ele sobreviva politicamente e volte a ser candidato. Isso não quer dizer que irei para o colo da direita reacionária e igualmente corrupta. Há de ter alternativa”, disse.

Na sua publicação, 100% dos comentários parabeniza a tomada de decisão do advogado. Cassiano é irmão do líder do PT na Assembleia Legislativa, o deputado Lourival Marques. Em 2014 Cassiano se viu envolvido no escândalo de uma licitação para a compra de cinco mil bicicletas elétricas para a Secretaria de Educação. À época, o petista participava da direção da empresa que venceu a concorrência.

A oposição denunciou o caso dizendo que os preços das bicicletas estavam até 50% mais caros do que o praticado no mercado, além de possível direcionamento no processo licitatório. Diante da repercussão negativa do caso, o governo Tião Viana (PT) desistiu da aquisição.

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