Os moradores/Foto: Charlton Lopes/ContilNet
Cerca de 20 pessoas, todas moradores da Vila Embratel, não região do bairro São Francisco, foram despejadas por falta de pagamento do aluguel social. Na manhã de hoje (7), estiveram no Hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) à procura de algum parlamentar que pudesse intercede por eles. O grupo, que representa 72 famílias, também reivindica a casa própria, que foi prometida pelo governo e prefeitura em março do ano passado.
A líder do grupo, Giliane Silva da Costa, 26 anos, que é mãe de um filho com necessidades especiais, afirmou que foi despejada cinco vezes. “Fomos tirados de nossas casas em apenas três dias. Fomos morar em escolas e depois para no aluguel social. Todas nossas casas foram demolias e sumiram com a madeira”, desabafou a dona de casa, dizendo que prefeitura e o governo estadual fazem “o jogo do empurra-empurra”.
Já á também dona de casa Zulemar Silva de Souza, 33, é mais contundente: “vamos todos voltar para aquilo que eles chamam de área de risco. Se é isso por que ainda não recebemos a nossas casas?”, questiona a mulher, afirmando que todos os moradores têm recibo de compra e venda e a área de risco conta com rede de água, esgoto e energia.
“As pessoas estão sem perspectivas de receber as suas casas. Há uma confusão tão grande entre as secretarias que a gente não sabe o que fazer”, disse a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB), para quem o governo petista, no toante à entrega das casas, está fazendo uso político.
As 72 famílias encontrando dificuldades para alugar imóveis, pois os proprietários, isso porque, segundo a parlamentar, “grande é o descaso da prefeitura e do governo, porque atrasam o pagamento do aluguel, deixando as pessoas numa situação mais difícil que na época que residiam nas áreas de risco”.
O outro lado
Tentamos falar com o secretário de Articulação Comunitária, Manoel Lima, mas não conseguimos. A chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semcas), Claudete Araújo, afirmou que todo aluguel de responsabilidade da prefeitura havia sido pago e o atraso, segundo ela, aconteceu por causa dos feriados prolongados de final de ano. A nossa reportagem também não conseguiu ouvir o secretário estadual de Habitação. Jamyl Asfury.
