Dados publicados no fim de janeiro pelos governos estaduais e compilados pelo Estadão, mostram uma realidade preocupante no Acre: o estado faz parte da lista dos que mais perderam receita no último ano.
De acordo com dados publicados pelo Estadão, Acre, Amapá e Amazonas, todos da Região Norte, foram os Estados que mais perderam receita no ano passado — respectivamente, 16,4%, 12,9% e 10%.
Em âmbito nacional, a publicação aponta que a queda de receita registrada em 2015, em termos reais, foi a maior dos 10 anos anteriores — superior até à ocorrida em 2009, quando o País sofreu os efeitos da crise internacional provocada pelo estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos.
São Paulo, o maior Estado do País em termos econômicos e populacionais, enfrentou uma queda real de receita de 6,5%, a sétima mais significativa no ranking das perdas. No outro extremo, o Paraná conseguiu ampliar seu bolo de recursos em 2,5% em termos reais, ou seja, acima da variação da inflação.
Os valores se referem à variação real, ou seja, foram corrigidos pela inflação para permitir comparações. A queda no ano passado interrompeu o que o Estadão classifica como “ciclo de bonança” para os governadores: entre 2009 e 2014, a receita média dos 25 governos cresceu 23% acima da inflação.
Em 2015, por exemplo, as despesas com pessoal do conjunto dos Estados — excluídos Paraíba e Rio Grande do Norte — cresceram um pouco abaixo do ritmo da inflação, o que resultou numa queda real de 0,5%.
O freio nas despesas com a folha de pagamento foi verificado em 16 dos 25 Estados analisados pelo Estadão.