Advogado pede que MP apure pressão do governo para que servidores participem de ato pró-Lula

O advogado Roberto Duarte Junior protocolou na terça-feira (15), junto ao Ministério Público Estadual (MPE), pedido de investigação contra o governo estadual e secretários de Estado que, de acordo com ele, estariam promovendo um clima de terror entre os servidores de toda a estrutura da administração estadual. Segundo ele, a pressão seria para que funcionários participem dos atos políticos de defesa do governo petista e do agora ministro Luiz Inácio Lula da Silva (Casa Civil).

Segundo Roberto Duarte, servidores de carreira e cargos comissionados estão sendo coagidos e intimidados a comparecer ao manifesto pró-Lula marcado para a próxima sexta-feira (18). Ainda segundo o advogado, são inúmeras as denúncias que vêm sendo feitas, mas a grande maioria de forma anônima por os denunciantes temerem represálias.

“Recebi várias denuncias de servidores e cargos comissionados que estão recebendo ‘convites’ de forma ameaçadora para que se façam presentes na próxima sexta-feira. A maioria das denúncias foi feita de forma anônima por temerem represálias, por isso protocolamos o pedido que o Ministério Público monte uma força-tarefa para apurar essas irregularidades”, disse Duarte.

O advogado revelou, ainda, que está de posse de uma denuncia de o secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão, participar de uma reunião com servidores da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) para falar sobre a importância de se participar do ato em defesa do ex-presidente Lula.
“Ele [Nilson Mourão] disse durante a reunião que, se a Dilma sair da Presidência da Republica, o Brasil viverá uma ditadura, isso é um absurdo, eles que estão implantando uma ditadura branca no País, são perseguidores e autoritários e não aceitam ser contrariados”, protestou Duarte Junior.

O advogado alertou ao Ministério Público do Acre que, no início da noite desta quarta-feira (16) está marcada uma reunião com os servidores do Pró-Saúde, no Teatro Plácido de Castro.

A reportagem foi informada pela assessoria de imprensa do MPE de que a Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público, que tem como titular o promotor Adenilson de Souza, é a responsável pela apuração dessas denúncias.

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