A Casa Azul, localizada na zona norte de Seul, “pode converter-se em um mar de fogo e arder em cinzas se pressionarmos um botão e lançarmos os nossos ataques”, diz comunicado do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, o órgão encarregado das relações com a Coreia do Sul.
“A partir de agora, as nossas forças militares e revolucionárias vão conduzir uma guerra de represálias para eliminar, em nome da justiça, os seguidores dos Estados Unidos e de Park Geun-hye”, acrescenta a nota, publicada no portal norte-coreano Uriminzokkiri.
O comitê assegurou que a Coreia do Norte não vai recorrer a palavras vazias, apesar de, nos últimos anos, ter feito diversas ameaças desse tipo sem ter concretizado os ataques. Alertou também que a paciência de Pyongyang, a capital norte-coreana, está se esgotando perante as “imprudentes provocações” da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, numa referência às manobras militares que os dois países fazem em território sul-coreano desde o início de março e que duram até o fim de abril.
A Coreia do Norte, que considera os exercícios um “ensaio de invasão”, já respondeu com ameaças de um ataque preventivo e vários lançamentos de mísseis de curto e médio alcance para o mar, o mais recente na segunda-feira (21).
A última ameaça agrava a tensão surgida depois de Pyongyang ter feito o quarto teste nuclear em janeiro e lançado, em fevereiro, um foguete espacial com tecnologia de mísseis de longo alcance.
Em resposta às duas ações, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas emitiu, no início deste mês, a Resolução 2.270, que endureceu as restrições financeiras e comerciais ao país, com a intenção de pressionar a economia e forçar o abandono do desenvolvimento nuclear e de mísseis.