Depois do PMDB, outros aliados também dão sinais de saída do governo

Gilberto Kassab, que é ministro de Dilma, liberou os deputados do PSD a votar como quiserem na questão do impeachment

Gilberto Kassab, que é ministro de Dilma, liberou os deputados do PSD a votar como quiserem na questão do impeachment

Com o anúncio do desembarque por “aclamação” do PMDB do governo, partidos do chamado “centrão” da base aliada começaram a dar sinais mais fortes de que também poderão desembarcar em breve.

No comando do Ministério das Cidades, o PSD decidiu liberar seus 31 deputados para votar como quiserem em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. No comando do Ministério da Integração Nacional, o PP cogita fazer o mesmo.

No PSD, a liberação dos deputados teve anuência do ministro das Cidades e presidente do partido, Gilberto Kassab. Dirigentes da legenda preveem que a bancada do partido no Senado, de três parlamentares, também deverá ser liberada.

Pelos cálculos de lideranças do PSD, de 70% a 80% da bancada na Câmara deve votar a favor do impeachment. O cálculo foi feito antes da saída de ministros do PMDB e do anúncio prévio de que o desembarque será aprovado por aclamação.

No PP, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), admite que não terá como segurar suas bancadas na Câmara e Senado, principalmente após o desembarque do PMDB. Semana passada, o partido já tinha informado Dilma dessa dificuldade.

Pelos cálculos da direção do partido, dos 49 deputados da legenda, pelo menos 15 são declaradamente a favor do impeachment e outros 35 “aguardam” definição oficial da presidência da legenda sobre como votar.

“Só conseguimos garantir os 35 votos para o governo se for para o governo ganhar. Se for para perder, não conseguimos”, afirmou um interlocutor de Ciro. Para a direção do PP, o governo precisa reagir para tentar segurar a base.

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