Nos últimos dois meses e meio, mais de 137 mil migrantes e refugiados alcançaram a costa europeia pela rota do Mediterrâneo oriental, entre a Turquia e a Grécia. Durante a travessia, 354 pessoas morreram.
Mais 9.100 escolheram a rota do Mediterrâneo central, entre a Líbia e a Itália. Desde o início do ano, 97 pessoas perderam a vida nessa travessia.
No mesmo período, mais 400 migrantes fizeram o percurso entre a região do Magrebe e a Espanha. Quatro pessoas morreram no percurso.
Apesar da maioria das chegadas estar concentrada na rota do Mediterrâneo oriental, por causa do conflito na Síria, no Iraque e Afeganistão, o número de migrantes que está optando pela rota entre a Líbia, Malta e a Itália tem aumentado, informou o porta-voz da OIM, Joel Millman, em entrevistaem Genebra.
Os 9.100 migrantes registrados nessa rota até ontem (10) representam aumento significativo em relação ao mesmo período dos últimos dois anos. Em 2015, foram registradas 7.882 entradas no mesmo e, em 2014, cerca de 5.500.
“O tráfico de seres humanos no mar entre a Líbia e Itália aumentou 15% em comparação com o ano passado, e mais de 60% em relação a 2014”, disse Millman.
Na entrevista, o porta-voz da OIM informou que a média diária de chegadas ao território grego é de 2 mil pessoas.
De acordo com as autoridades gregas, os migrantes e refugiados que chegam à costa da Grécia são procedentes da Síria (47%), do Afeganistão (27%), Iraque (17%), Irã (3%) e do Paquistão (3%).
Entre os migrantes e refugiados que chegam à Grécia, 44% são homens adultos, 22% são mulheres adultas e 34% são crianças, segundo dados atualizados da OIM.