Os médicos participam de nova assembleia geral na manhã desta quarta-feira (23/03) no Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) para avaliar a paralisação realizada no dia 16 e deliberar ou não por greve por tempo indeterminado. A classe decide ampliar o movimento em decorrência da negativa do governo do Estado em negociar melhorias para a saúde.
O presidente do Sindmed-AC, Ribamar Costa, explicou que a equipe técnica do governo decidiu de forma unilateral zerar as negociações iniciadas em janeiro de 2015 sem atender as reivindicações acordadas.
“A equipe técnica havia acenado para as melhorias, mas desde o final do ano passado começaram a protelar, empurrando qualquer decisão para este ano, então, em março de 2016, decidiram zerar as negociações, deixando a população desassistida”, explicou o sindicalista.
Ribamar Costa explicou que a greve é um ato em protesto contra os problemas de gestão encontrados nos hospitais, entre eles a falta de equipamentos, medicamentos e a falta da contratação de médicos aprovados no último concurso.
“Se a Secretaria de Saúde decidisse contratar os médicos aprovados no concurso de 2013, a população poderia receber um atendimento mais humano. Atualmente, o médico é pressionado a atender mais de 100 pessoas em um dia, o que prejudica a saúde do próprio médico, assim ele fica estressado, tendo crises de ansiedade, pressão alta e tudo em decorrência do assédio moral”, explicou o presidente do Sindicato.
De acordo com Ribamar Costa, as unidades de saúde ainda estão desguarnecidas de medicamentos necessários para o tratamento correto dos pacientes, além da falta de equipamentos que possam garantir a exatidão do diagnóstico das doenças.
“Um exame de sangue demora muito para ficar pronto na rede pública. Ainda temos problemas com os aparelhos de ultrassonografia e de raio-x, o que prejudica as avaliações”, alertou o sindicalista.