Servidores da saúde protestam contra governo do Acre e cobram reposição salarial

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Manifestantes ocuparam o hall de entrada da Aleac/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

A manifestação dos servidores da saúde, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (31), em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), parou o centro de Rio Branco. Os servidores fecharam a Rua Arlindo Porto Leal, portando cartazes e promovendo ‘apitaço’ para chamar atenção das autoridades sobre a atual situação dos profissionais em saúde no estado.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), João Batista, os servidores não exigem nada que não esteja dentro das normalidades de seus trabalhos.

“O governo tem acordado muitas coisas e melhorias, mas não temos nada documentado até agora e as palavras se perdem no ar, porque muitas dessas coisas não foram cumpridas. Ficaram de passar a documentação ontem e nada, por isso estamos aqui exigindo principalmente a reposição linear das perdas salariais de 25,98% e melhorias nas condições de trabalho.”

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Manifestantes protestam em frente à Aleac

 

Ainda de acordo com João Batista, outro grande problema é a admissão de pessoas. “Hoje a demanda é muito maior que a oferta. Hoje a maioria dos nossos profissionais está se aposentando e não está tendo uma reposição desses profissionais, sendo que há vários aprovados no concurso, que ajudariam na melhoria no atendimento em saúde, mas não são convocados”, completou o sindicalista.

Para a secretária-geral do Sintesac, Francinete Barros, é preciso uma resposta imediata das autoridades, pois há tempos os servidores vêm sendo “enrolados” com promessas não cumpridas.

“É uma indignação muito forte. Os servidores estão doentes, até mais que a população aqui fora. Dentro das unidades falta segurança no trabalho, falta qualidade, falta produto, material. Os funcionários estão trabalhando em dobro dentro das unidades. O concurso foi feito e os aprovados não estão sendo chamados”, criticou ela.

Chagas Fernandes é técnico em enfermagem e, segundo ele, o último aumento salarial da categoria aconteceu em 2011. “O salário de todo mundo aumentou, dos policiais aumentou, dos educadores. Por que o nosso, que trabalhamos com vidas não teve esse aumento? Nós estamos só cobrando algo que há mais de cinco anos não vem para nós. Não estamos pedindo nada demais, e queremos trabalhar, mas com dignidade”, disse o técnico.

De acordo com dados da Sesacre, entre 2013 e 2014 foram nomeados mais de 1.700 candidatos aprovados nas mais diversas áreas da Saúde em municípios de todo o Estado. Porém a grande maioria já trabalhava para a secretaria, e apenas substituiu os contratos provisórios por efetivos.

Nesse caso o estado sai perdendo em média 10 horas por funcionário, semanalmente, equivale a 40 horas mensais, uma vez que os contratos efetivos da Sesacre tem a carga horária de trabalho reduzida, segundo o concursado que aguarda convocação há quase 2 anos, Charlton Lopes.

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Servidores da saúde protestam contra governo do Acre e cobram reposição salarial